Cerca de 2 bilhões de dólares devem ser investidos para construção do projeto que conta com tecnologia Super Ultra Crítica (SUC).

O Governo do Rio Grande do Sul espera receber o apoio japonês para construir uma usina térmica de carvão de alta eficiência, para geração de energia no Estado. Para isso, uma comitiva liderada pelo governador José Ivo Sartori está em Tóquio participando de uma série de reuniões sobre a exploração sustentável do carvão e aproveitamento da tecnologia japonesa. Após visitar a Usina Hitachinaka Power Plant, Sartori reuniu-se com executivos da Copelmi Mineração e das empresas PWC Advisory LLC, Tokyo Electric Power Company Holdinfs (Tepco) e IHI Corporation.

A ideia é que a tecnologia e o modelo japonês de exploração de forma sustentável de carvão possa ser seguido para sustentar a recuperação do carvão gaúcho.

Há dois anos empresários e governo japonês iniciaram análises sobre a qualidade das reservas de carvão existentes no Rio Grande do Sul. A conclusão é que o material do Baixo Jacuí tem condições de suportar a tecnologia Super Ultra Crítica (SUC), que prevê aplicação de altas temperaturas e pressão para aumentar a eficiência e diminuir a emissão de gás carbônico de térmicas a carvão.
Segundo Sartori, “existe forte articulação entre os governos gaúcho e japonês no sentido de compartilhar tecnologias e proteger o meio ambiente. Vamos receber ainda neste mês de junho o Ministro de Minas e Energia, em Porto Alegre, para tratar sobre a questão do Polo Carboquímico”, informou Sartori, com a expectativa de que a União forme um grupo de trabalho para encaminhar o tema.

O estudo de viabilidade da usina já foi concluído e a expectativa é que sejam investidos cerca de 2 bilhões de dólares no projeto. Segundo informações do governo, os próximos passos dependem de liberação ambiental e posterior realização de leilão, pelo governo federal brasileiro. “O Rio Grande do Sul é estratégico porque possui 90% das reservas de carvão do Brasil e pela sua localização. Queremos ser referência no uso dessa tecnologia em nosso país, para que a exploração desse recurso seja viável econômica, social e ambientalmente”, defendeu o governador.

Com informações da Secom.