Maior produção se deve, principalmente, ao S11D, inaugurado no fim de 2016.

A Vale bateu recorde na produção de minério de ferro trimestral, registrando no segundo trimestre (2T17), 91,8 milhões de toneladas (Mt) produzidas. O volume equivale a um crescimento de 5,8% em relação ao 2T16. Em relação ao primeiro trimestre (1T17), a variação foi ainda maior, ficando em 6,6%. Conforme relatório divulgado hoje, 20, pela companhia, a maior produção se deve, principalmente, ao S11D no Sistema Norte, localizado em Canaã dos Carajás (PA) e inaugurado no fim de 2016.

Analisando-se somente o Sistema Norte, que inclui as minas de Carajás, Serra Leste e S11D, a produção ficou em 41,5 Mt, no 2T17, valor 13,7% maior do que o 2T16, e 15,3% que o 1T17. O Sistema Sudeste, que compreende os complexos das minas de Itabira, Minas Centrais e Mariana ficou com a segunda maior produção com um volume de 27,5 Mt no 2T17, valor 9,1% maior que o mesmo período de 2016, mas 2,5% menor em relação ao 1T17.

Brazilian Blend Fines

O teor de sílica do Brazilian Blend Fines (BRBF) foi padronizado e limitado a 5%. Segundo informado pela Vale, o produto está sendo bem aceito no mercado como principal componente para carga de alto-forno e é distribuído a partir de onze portos chineses. Apesar disso, informou a companhia, a produção de produtos de alta sílica será reduzida em algumas minas dos Sistemas Sul e Sudeste a partir do segundo semestre de 2017, em quantidade anualizada de 19 Milhões de toneladas. “Desta forma, a produção ficará próxima ao limite inferior da faixa 360 – 380 Mt para 2017, em linha com a estratégia atual de maximização de margem”, diz o relatório.

Outros ativos

A produção de outros ativos como níquel, cobre e manganês não obteve produção superior. No caso do níquel, o volume ficou em 65.900 toneladas (t) no 2T17, valor 7,7% menor em relação ao 1T17 e 16,1% inferior ao 2T16. A reconstrução do forno #2, como parte da transição para operação com forno único, e a parada programada para manutenção em Sudbury foram apontados como as causas da redução. Ainda de acordo com a Vale, a produção de níquel do ano foi revisada para 295.000 t, “refletindo uma produção menor que a planejada nas operações de Thompson, Nova Caledônia e Indonésia”.

A produção de cobre foi de 100.800 t, no 2T17, ficando 6,2% e 4,6% menor do que no 1T17 e no 2T16, respectivamente. A redução refletiu a menor produção em Sudbury, como resultado da parada programada para manutenção nas plantas de superfície e nas minas. Já a produção de cobre contido no concentrado de Salobo atingiu recorde para um segundo trimestre. O volume de 46.000 t representou alta de 13% em relação ao 2T16, devido, principalmente, ao maior teor de feed e à melhor performance da planta no 2T17. Devido aos impactos da manutenção nas minas de Sudbury, às menores entregas de cobre de terceiros e maior variabilidade do teor de Salobo, a produção de cobre também foi revisada, passando para 447.000 t em 2017.

No caso da produção de carvão em Moçambique, houve também recorde trimestral de 3 Mt no 2T17, ficando 24,8% e 101,8% maior do que no 1T17 e no 2T16, respectivamente, com dois terços da produção total sendo de carvão metalúrgico. As operações logísticas em Moçambique atingiram recorde histórico, com volume transportado atingindo 3,1 Mt no 2T17, 15% maior do que no 1T17.