Minério de ferro sobe 13,5% em julho

Minério de ferro fecha mês de julho em alta impulsionada pela demanda chinesa - Foto: Divulgação.

Alta foi influenciada pela demanda chinesa; Especialistas acreditam que deve haver queda no segundo semestre.

A commodity do minério de ferro fechou o mês de julho com alta de 13,47%, com forte demanda chinesa e estímulo no mercado da construção e produção industrial. Entretanto, especialistas ainda acreditam que pode haver uma queda no valor do mineral durante o segundo semestre.

Na última semana de julho, a Vale e a Rio Tinto anunciaram os dados de produção até junho, e enquanto a Vale bateu recordes de produção (como divulgado pela Revista Mineração), a Rio Tinto colocou suas projeções de produção de minério de ferro, para 2017, em 330 milhões de toneladas, nível inferior à meta indicada no início do ano.

No dia 3 de julho, a commodity teve alta de 7,2% e foi cotada a US$ 73,70 com teor de 62% Fe, o maior valor desde 11 de abril. O indicador da atividade industrial chinesa (PMI) registrou, em julho, o 12º mês consecutivo de expansão, a 51,4. Acima de 50 o número mostra atividade no território positivo.

Segundo o banco Goldman Sachs, que realiza estudos do mercado mineral, o preço do minério de ferro deve recuar para o US$ até o final de 2017. Já a expectativa para 2018, segundo o Goldman Sachs é que a tonelada do minério recue dos US$ 55, registrados no primeiro semestre, para US$ 50 na segunda metade do ano, com expectativa de forte avanço na oferta e uma desaceleração liderada pela China da expansão da demanda por aço.

“Em nossa opinião, a força nos preços do minério de ferro provavelmente continuará no curto prazo, uma vez que as fortes demandas chinesas de aço e minério de ferro para infraestrutura e mercado imobiliário são complementadas por um sólido crescimento na atividade global para além daquele país”, afirma relatório feito pelo Goldman Sachs.