Início das atividades da Companhia Siderúrgica do Pecém influenciaram essa alta.

Pesquisa divulgada pelo Instituto Aço Brasil aponta um aquecimento na indústria nacional de produtos siderúrgicos ao longo dos primeiros nove meses do ano. De acordo com a entidade, os dados foram positivamente impactados pelas atividades da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP).

A produção interna de aço bruto teve alta de 9,1% em relação ao comparativo de 2016, totalizando 25,5 milhões de toneladas. A produção de laminados foi de 16,6 milhões de toneladas, valor que representa uma alta de 4,7% em relação ao mesmo período.

No que diz respeito ao consumo interno, o consumo aparente nacional cresceu 5%, alcançando 14,4 milhões de toneladas. As vendas internas totalizaram 12,6 milhões de toneladas, um acréscimo de 0,2% frente ao período acumulado de 2016.

Já as exportações cresceram 9,3% com 11 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos mandados para o exterior. O valor total das exportações foi de US$ 5,6 bilhões. As importações, por sua vez, tiveram alta de 56,8% no período, alcançando 1,8 milhão de toneladas e resultando no valor de US$ 1,7 bilhão.

Segundo o Instituto Aço Brasil, os indicadores de produção e exportação no período analisado foram impactados positivamente pelo fato de a Companhia Siderúrgica do Pecém ter começado a operar apenas no segundo semestre de 2016.

Sem os dados de atividades da CSP durante o primeiro semestre do ano passado, a base de comparação entre os primeiros nove meses de 2017 e o mesmo período de 2016 é mais baixa. O que, de acordo com a entidade, “cria distorções que vão desaparecer somente a partir de janeiro de 2018”.

“Portanto, ao retirar a CSP da base de comparação do acumulado de janeiro a setembro de 2017 frente ao mesmo período do ano anterior, a produção de aço bruto cresce apenas 3,5% (e não 9,1%) e as exportações em quantum recuam 8,1% ao invés de crescerem 9,3% no mesmo período”, explica o Instituto.