Empresa chinesa estuda parceria na Ferrovia Paraense

Chineses se reuniram com representantes do Governo estadual. Foto: Sedeme/ Divulgação.

Comitiva chinesa recebeu documentos com detalhes do projeto para avaliar participação na licitação.

Representantes da Railways Corporation, empresa estatal chinesa, e uma das responsáveis pelas ações ferroviárias do país, estiveram no Pará nesta semana para possíveis parcerias na execução da Ferrovia Paraense. Conforme já noticiado pela Revista Mineração, o projeto é um dos maiores empreendimentos logísticos do Estado, com proposta de ligar 23 municípios de Santana do Araguaia até Barcarena, em uma extensão de 1,312 quilômetros.

A China tem a terceira maior ferroviária do mundo, com 98 mil quilômetros, portanto, possui a expertise necessária para guiar projetos do tipo. Durante o encontro, os chineses receberam todos os documentos, projetos, para promoverem os estudos necessários para avaliação da participação da empresa na licitação.

Eles também conheceram o projeto com mais detalhes, verificaram a estruturação financeira concebida pela BF CAPITAL e escutaram do secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Adnan Demachki, sobre os esforços do governo de entendimentos com governo federal para ampliação do Porto público de Vila do Conde e estudos para dragagem do canal do Quiriri.

Também foi exposta a necessidade de mais investimentos para escoamento da carga da ferrovia em sua plenitude e a proximidade de Vila do Conde com os principais portos do mundo em relação aos demais do Brasil.

Esta é a segunda vez que a comitiva chinesa se encontra com representantes do governo estadual para debater o assunto. No próximo dia 28, o governador Jatene se reunirá com o embaixador chinês em Brasília para mais uma rodada de conversas sobre a rodovia.

A Ferrovia

A Ferrovia Paraense passará por 23 municípios em um trajeto com 1.312 quilômetros de extensão, passando desde Santana do Araguaia até Barcarena. O projeto daria o suporte necessário para regiões que ainda sofrem com a falta de logística apropriada para transportar ferro, bauxita, grãos, fertilizantes e combustíveis, entre outras cargas.

O modal ligaria à Ferrovia Norte-Sul, permitindo o acesso de produtores de minério e do agronegócio em todo o País à rota estratégica de exportação, pelo Porto de Vila do Conde, em Barcarena, que encurta a distância entre o Brasil e os principais destinos das exportações: os portos de Rotterdam, na Europa; de Xangai, na China, e de Miami e Los Angeles, nos Estados Unidos, normalmente acessados pelos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR).