O mineroduto está passando por um processo de investigação interna em todos os trechos após último vazamento ocorrido no dia 29 de março.

A paralisação do mineroduto Minas-Rio, da Anglo American, acarretará em impacto nos lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da mineradora de US$ 300 milhões a US$ 400 milhões ainda para este ano. As operações foram suspensas devido a dois vazamentos de polpa de minério ocorridos nos dias 12 e 29 de março respectivamente.

A Anglo informou que as operações do sistema serão retomadas após o término de alguns reparos e da execução dos devidos testes se o projeto receber a aprovação de autoridades competentes.

“Nossas prioridades são garantir a integridade do mineroduto e a proteção do meio ambiente, bem como a máxima transparência perante nossos funcionários, clientes e outros parceiros comerciais. Essa inspeção será seguida por um período de análise e reparos, antes da realização de testes e o reinício das operações, mediante o recebimento da aprovação das autoridades competentes”, ressaltou o CEO da Anglo American, Mark Cutifani.

Segundo ele, participam da inspeção as equipes técnicas da mineradora, juntamente com  duas equipes especializadas do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), para identificar as causas de quaisquer anomalias em trechos específicos do mineroduto.

Sobre as férias coletivas de 30 dias concedidas no dia 17 de abril, ele destaca que a mineradora não pensa em demissões no momento e que a opção seria um afastamento temporário.

“A proposta é fornecer, inclusive, qualificação profissional durante o período de afastamento, além de um pacote de remuneração mensal e benefícios. A maioria dos funcionários do Minas-Rio continua atuando em nossas operações no Brasil, inclusive nas obras necessárias para obtermos a licença de operação para a Fase 3”, disse.

*Sob supervisão de Sara Lira