Especialistas concordaram que o Brasil ainda precisa caminhar muito nesse quesito.

Eficiência Energética foi pauta da reunião Comissão Senado do Futuro, realizada no fim da tarde desta quinta-feira (3). A iniciativa da audiência foi do senador Hélio José (Pros-DF), segundo o qual o Brasil precisa melhorar a eficiência na produção, distribuição e consumo de energia elétrica.

Diante da expectativa de crescimento econômico, o senador ressalta que a energia não pode ser jogada fora. “Deve-se aumentar os índices de eficiência energética para podermos ter uma retomada do crescimento de maneira saudável. Devemos trabalhar para reduzir as perdas elétricas. Devemos educar os jovens para que aprendam a não desperdiçar energia, mas sim a poupar”.

A coordenadora de mudanças climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Alexandra Albuquerque, afirma que o setor público tem uma importante parcela no consumo de energia no país e, por isso, o ministério está realizando projetos de redução do consumo de energia em várias instalações do governo. Ela completa que a legislação do Brasil para o setor é avançada porém tem que ser colocada em prática.

De acordo com o senador Hélio José, o Brasil produz apenas um gigawatt de energia a partir de fontes renováveis, como a eólica e a fotovoltaica. Ele ainda destacou que a China, país com 30% a menos de captação solar que o Brasil, produz 100 gigawatts somente nessas duas fontes não-poluentes e renováveis.

A coordenadora de eficiência energética do Ministério das Minas e Energia, Samira Sana Carmo explicou que o Brasil trabalha com as metas do Acordo de Paris, que preveem o aumento da participação de bioenergia sustentável na sua matriz energética para 18% até 2030. Além disso, o país mira na economia de energia.

“Estamos trabalhando para, em 2030, termos poupado quase um terawatt na produção brasileira. Isso é quase o produzido por uma hidrelétrica como Itaipu”, declarou.

O presidente da Associação Brasileira de Empresas de Conservação de Energia (Abesco), Alexandre Sedlacek Moana, lembrou que eficiência energética é realizar o mesmo trabalho com menos energia. E salientou que os países com políticas que determinaram essa ação, como o Japão, conseguiram reduzir seus custos e seus desperdícios.

“Programas como a etiquetagem dos eletrodomésticos, como o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), tiveram grande efeito nos fabricantes e nos consumidores. Devemos fazer o mesmo na área de consumo, como em indústrias e no comércio, com metas e planos de eficiência para a redução do consumo”, completou.

Com informações da Agência Senado.

*Sob supervisão de Sara Lira