Mercado interno não crescerá em 2017, diz IAB

Em comparação com 2016, setor cresceu apenas 2,8% - Foto: Divulgação / IAB.

Instituição afirma que a única saída para a indústria nacional do aço é o aumento de exportações.

Após os primeiros resultados semestrais da indústria brasileira do aço, o Instituto Aço Brasil afirma que não há expectativas de retomada do mercado interno em 2017. O setor fechou o primeiro semestre com crescimento mínimo: 2,8% a mais que o resultado do mesmo período de 2016.

As vendas internas nesses primeiros meses do ano caíram 2%, e grande parte do consumo interno veio de produtos importados (importações cresceram 64,1%). Já as exportações subiram 9,2%, utilizando grande parte da produção que cresceu 12,4%.

De acordo com previsões feitas pelo Instituto Aço Brasil, a produção nacional de aço bruto deve fechar o ano com um crescimento de 3,8% em relação a 2016, totalizando 32,5 milhões de toneladas.

As vendas internas de produtos siderúrgicos devem ter queda de 1,3%, chegando a 16,3 milhões de toneladas, patamar similar ao de 2005.

E o consumo aparente de aço deve ser de 18,4 milhões de toneladas, 1,1% em comparação com o ano passado. Se o instituto estiver certo e as previsões se confirmem, os resultados serão os mesmos registrados há dez anos.

O instituto conclui que o desempenho em baixa do mercado interno levará o país a focar nas exportações, como uma solução em curto prazo para evitar o agravamento da situação da indústria de aço no país.

Porém, para conseguir isso, segundo o instituto, as exportações precisam crescer ainda mais no segundo semestre, de maneira a aumentar a competitividade das empresas brasileiras no mercado internacional. Conforme o Aço Brasil, isso só ocorreria caso o governo restitua os tributos não recuperáveis embutidos nos produtos destinados à exportação, elevando a alíquota dos atuais 2% para 5%.

“O aumento das exportações é a solução não só para a indústria brasileira do aço, mas também para a indústria de transformação de forma geral. As exportações podem contribuir de forma decisiva para a retomada rápida e sustentada do crescimento econômico do país” afirma o instituto.