Medida faz parte da estratégia do novo diretor-presidente da companhia, Fabio Schvartsman.

Informações do jornal Valor Econômico dão conta de que a Vale está procurando por um sócio para investir na Vale Nova Caledônia (VNC), complexo de processamento de níquel localizado no arquipélago francês de Nova Caledônia, na Oceania. De acordo com o jornal, a mineradora já teria realizado conversas com grupos chineses, incluindo a Gem Co., companhia sediada em Shenzhen, que recicla e refina níquel-cobalto, para usar em baterias.

A Vale acredita que o aumento do uso de baterias, impulsionado pela transição dos veículos elétricos e para os sistemas de armazenagem de energia, podem ajudar a encontrar um investidor estratégico. A medida faz parte da estratégia do novo diretor-presidente da companhia, Fabio Schvartsman, que assumiu o cargo em março deste ano.

À época, ele disse que um “diagnóstico feito em 60 dias” iria indicar quais partes da companhia deveriam ser “melhoradas” e quais deveriam ser alvo de “ações prioritárias”. Uma delas é a VNC, que tem enfrentado dificuldades em gerar caixa, mesmo após o investimento em bilhões de dólares para o desenvolvimento da unidade. Ela é composta pela mina de Goro, uma fábrica processadora e um porto. Só em 2016, foram produzidas 34 mil toneladas de níquel processado no local.

Ainda conforme o Valor, em um relatório recente, analistas do Bank of America Merrill Lynch informaram que a VNC era insustentável economicamente sem uma elevação nos preços do níquel ou sem uma “fonte alternativa de financiamento”. Embora o preço do material tenha subido 18% este ano para US$ 12 mil por tonelada, ele ainda está mais de 50% abaixo do registrado em 2011. No entanto, analistas acreditam que dias melhores virão para o mercado do níquel.

A Vale não comentou o assunto.

Com informações do jornal Valor Econômico.