Sensores são aplicados nos capacetes. Objetivo da mineradora é evitar acidentes.
Uma das maiores mineradoras do mundo, BHP, tem investido em uma nova forma de tecnologia: capacetes que supervisionam o cansaço do trabalhador. Os caminhoneiros da empresa estão utilizando capacetes com sensores que monitoram as ondas cerebrais e avisam quando há algum risco.
A novidade, que parece ser de outro mundo, já é realidade na mina de cobre Escondida, localizada no Chile, onde a mineradora utiliza 150 caminhões em suas operações. Lá, os caminhoneiros são alertados quando os sensores captam níveis de cansaço. A tecnologia tem o objetivo de manter a saúde dos funcionários e prevenir acidentes.
Segundo a diretora de tecnologia da BHP, Diane Jurgens, os capacetes com sensores fazem parte das iniciativas para aumentar a segurança, e devem ser adotados em outras minas da empresa espalhadas pelo mundo. A tecnologia consiste em uma tira de 15 centímetros instalada dentro da peça, utilizada no lugar de um software anterior, que monitorava os movimentos oculares.
“Não é possível enganar esse boné porque ele monitora as ondas cerebrais, não os olhos. É uma tecnologia muito melhor. Quando detecta fadiga, o equipamento notifica nossos motoristas, e, tão importante quanto isso, está integrado ao setor administrativo e aos supervisores, que podem intervir”, afirmou Jurgens.
Segurança
De acordo com Diane, a mineradora também está testando veículos elétricos na mina de cobre subterrânea de Olympic Dam na Austrália para tentar limitar as emissões e reduzir a exposição dos trabalhadores às minúsculas partículas geradas pelo diesel.
Segundo o CEO da BHP, Andrew Mackenzie, os programas tecnológicos da BHP podem oferecer até US$ 12 bilhões em reduções de custos, com maior segurança e produção mais eficiente.
Na região australiana de Pilbara a BHP tem investido na implementação de trens autônomos ao longo de sua rede ferroviária de 1.300 quilômetros. Ainda de acordo com a diretora de tecnologia, o trabalho conta com a instalação de um novo sistema de comunicação 4G e de sinalização de via automatizada. O objetivo final é implementar trens-robô que permitam à BHP ampliar os volumes ao longo da ferrovia.
Com informações da Bloomberg.