Alienação dos ativos faz parte do programa de desinvestimento.
Nesta terça-feira (7), a Petrobras iniciou a divulgação de seus ativos na Nigéria. As ações fazem parte da joint venture Petrobras Oil & Gas B.V. (Pogv), formada pela petrolífera brasileira que detém 50% da participação, pela BTG Pactual E&P.B.V. (40%) e também pela Helios Investment Partners (10%).
A Petrobras informou que a Pogbv possui participação em dois blocos em águas profundas de classe mundial na Nigéria. Nos blocos estão os produtores de Akpo e Agbami e o campo de Egina que se encontra em fase de desenvolvimento, além do campo recém-descoberto Preowei, que ainda está sendo avaliado.
De acordo com o comunicado divulgado pela empresa, “a apropriação de reservas líquidas da Pogbv totaliza aproximadamente 204 milhões de barris e a produção atual é de 48 mil barris por dia, com expectativa de atingir cerca de 75 nil barris por dia até 2019”.
Essa venda é parte do programa da petrolífera de desinvestimento com o objetivo de reduzir o endividamento. O programa prevê a desalienação de ativos no valor de US$ 20 bilhões até o final de 2018.
Segundo a Petrobras, a venda dos ativos na Nigéria “está em consonância com a sistemática para desinvestimentos da Petrobras, que foi revisada e aprovada pela diretoria executiva da companhia e está alinhada às orientações do Tribunal de Contas da União (TCU)”.
Liminar suspensa
A Petrobras também anunciou que a Justiça Federal suspendeu a liminar que a impedia de vender sua participação na área de Iara e a cessão de sua participação no campo de Lapa para a petrolífera francesa Total. Com a suspensão, a empresa “poderá prosseguir a operação com a petrolífera francesa, que faz parte da aliança estratégica firmada com a Total, divulgada em março deste ano”. Os dois campos estão localizados no pré-sal da Bacia de Santos, no estado de São Paulo.