Usiminas apresenta situação econômica normalizada

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Presidente da companhia afirma que a empresa já está com o nível de operações e resultados equilibrado e já tem planos futuros.

O presidente da Usiminas, Sérgio Leite afirmou nesta quarta-feira (22), que a empresa já está com ritmo normalizado de operações e resultados. Desde meados de 2015, as duas empresas que são sócias majoritárias da companhia, Nippon Steel e Ternium, disputam por domínio das ações e, por discordâncias em grandes decisões, a Usiminas acabou acumulando dívidas e passando por uma recuperação judicial em 2016. Agora, a empresa volta a crescer.

De acordo com informações divulgadas pelo jornal Valor Econômico, a afirmação do presidente foi feita durante uma reunião organizada pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec). No evento, Sérgio Leite afirmou que a empresa já está pensando no futuro. “Nosso foco é reposicionar a Usiminas como referência nacional e mundial”, disse.

O diretor da unidade de mineração da Usiminas (Musa), Wilfre Bruijn, afirmou que o desempenho da empresa depende também de fatores externos. “Como estamos sempre atuando com três fatores que alteram muito o resultado, o preço do minério, o frete e o câmbio, temos que nos proteger da volatilidade”, disse o executivo. “Hoje damos lucro com o minério a US$ 55”, afirmou.

O vice-presidente financeiro da Usiminas, Ronald Seckelmann disse que o caminho que a empresa percorreu para controlar suas dívidas contou com uma reestruturação de custos, que levou a uma melhora nas margens gerais da companhia. “Para se ter uma ideia do tamanho das mudanças, o escritório em São Paulo ocupava dois andares e hoje estamos em apenas um quarto de andar.

“Nossas despesas gerais e administrativas também caíram a um nível mundial muito baixo”, ressaltou.
Selkmann afirmou ainda que a prioridade da empresa em 2018 será ter uma alavancagem reduzida, para que em 2019 uma “gestão de passivos” possa ter início com o objetivo de reduzir o custo da dívida. Ele disse que, no ano que vem se houver algum pagamento de provento, será apenas o mínimo possível do lucro registrado neste ano.

“Quando renegociamos a dívida com os bancos, era um momento muito delicado não só para nós como para o mercado financeiro também e, por isso, os termos não são tão positivos quanto poderiam”, disse Seckelmann. “Agora, para conseguir trocar essas obrigações ou fazer uma repactuação com os bancos, precisamos atingir algumas metas. Acredito que poderemos a partir de 2019”, completou.

Com informações do Valor Econômico.