Pronasolos terá investimento inicial de R$ 740 milhões e deve durar trinta anos.

O solo brasileiro será completamente mapeado por meio do Programa Nacional de Solos do Brasil (Pronasolos). Trata-se de um projeto do Governo Federal que tem o objetivo de realizar a investigação, documentação, inventário e interpretação de dados de solos nacionais para gestão de recursos e conservação.

Espera-se que o programa resulte na criação de um sistema nacional de informação sobre solos do Brasil e a retomada de um programa nacional de levantamento de solo. Com um investimento previsto de R$ 740 milhões nos primeiros dez anos de desenvolvimento, a estimativa é que o estudo dure, no total, por 30 anos.

De acordo com o coordenador do Pronasolos, José Carlos Polidoro, da Embrapa Solos, com o aval do presidente, o Brasil passa a ter uma estratégia de longo prazo para levantamento do uso dos solos.

“Em 20 anos, não teremos mais erosão do solo no Brasil, evitando um prejuízo anual de US$ 5 milhões por ano”, declara o pesquisador frisando que o programa “vai colocar o Brasil em um patamar diferenciado entre as nações, ampliando sua capacidade de conservar e usar melhor solo e água”.

O acordo entre as instituições participantes foi firmado no dia 5 de dezembro. Entre elas está o Serviço Geológico de Brasil (CPRM). Segundo o engenheiro agrônomo Paulo Afonso Romano, que representou a entidade no ato de assinatura, o programa será fundamental para a conservação dos recursos naturais, em especial os hídricos.

“Água e solo formam um sistema integrado, sendo a boa gestão do solo na agricultura fundamental para preservação da água e o conhecimento sobre a água é parte da responsabilidade institucional da CPRM”, afirmou.

Além do CPRM e da Embrapa, participam do Pronasolos entidades governamentais e privadas, e universidades federais de todo o país.