Desfiliação é devido à política climática da empresa, que é diferente da defendida pela entidade.
A mineradora australiana BHP anunciou, na última terça-feira (19), que não fará mais parte da Associação Mundial do Carvão (WCA, na sigla em inglês). Além disso, o grupo também estuda a possibilidade de sair da Câmara de Comércio dos Estados Unidos (AmCham). O objetivo, de acordo com informações divulgadas pela agência de notícias AFP, é ressaltar o compromisso do grupo na luta contra as mudanças climáticas.
A decisão é preliminar, mas deve ser confirmada em março do ano que vem. Atualmente, a companhia avalia a participação em todos os grupos de pressão para determinar se estes seguem os compromissos no combate contra o aquecimento global.
A WCA defende abrir mão das metas em termos de energias renováveis para privilegiar o recurso ao carvão denominado “limpo”. Porém, a BHP anunciou que defende uma luta contra o aquecimento global que alie as energias renováveis e as tecnologias limpas.
Já a resistência da companhia australiana com relação à AmCham se deve ao fato de a associação rejeitar o Acordo de Paris, que estabelece o compromisso das nações em combater o aquecimento global e conta com a adesão de 195 países.
“Esta revisão deixa claro os princípios para a nossa participação contínua nos órgãos da indústria. Embora nem sempre concordemos com as associações industriais, continuaremos a chamar as diferenças materiais onde elas existam e agiremos sempre que necessário, como fizemos hoje”, afirmou o diretor de Assuntos Externos da BHP, Geoff Healy.