Estratégia é para aquecer a economia do estado, já que o gás boliviano é mais barato.

A Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems) quer importar Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) da Bolívia. O assunto foi tema de uma reunião nesta semana entre o presidente da Fiems, Sérgio Longen, o vice-ministro de Industrialização e Comercialização boliviano, Humberto Salinas, e o diretor-presidente da MS Gás, Rudel Trindade.

De acordo com Longen, o botijão de gás de cozinha importado da Bolívia vai trazer economia para o setor industrial do estado.

“Atualmente, já se consegue fertilizantes fabricados na Bolívia com preços bem mais competitivos que os nacionais. Por isso, somos a favor que agora seja liberada a importação do GLP boliviano, que seria revendido no Estado a R$ 12 o botijão, enquanto o nacional já está sendo comercializado na faixa de até R$ 80”, pontuou.

Já o vice-ministro Humberto Salinas acrescentou que o GLP e o gás natural bolivianos podem contribuir para o desenvolvimento da economia do estado. Segundo ele, contato com a Copagaz já foi feito para debater a extração do GLP da Bolívia. “A expectativa é muito boa porque temos o produto para entregar para o mercado consumidor brasileiro, que está interessado”, afirmou.

Novo encontro

Uma agenda será marcada, em breve, para verificar a demanda, necessidades e legislações com relação ao GLP boliviano. Um novo encontro deve ser marcado em breve entre o presidente da Fiems, representantes das empresas de GLP em Mato Grosso do Sul e do governo do estado em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.

O diretor-presidente da MS Gás, Rudel Trindade, destacou que a estatal vai mediar todo o processo. “Essa mediação é uma forma de estreitar os laços com o governo boliviano e com o setor industrial, trazendo como benefícios um produto mais barato. Hoje o GLP está muito caro para a população e agora vemos a possibilidade de baratear e esse produto”, explicou.