Cosan espera sentença da petroleira anglo-holandesa. Negociações estão avaliadas em mais de US$ 1 bilhão.

O diretor de Relações com Investidores da Cosan, Guilherme Machado, afirmou que a companhia fez todo o possível no processo de vendas de ativos da Shell na Argentina. Segundo informações da agência de notícias Reuters, agora só cabe a petroleira anglo-holandesa decidir os rumos da negociação.

“A Cosan participou do processo até onde cabia e a decisão está agora nas mãos do vendedor, a Shell”, afirmou Machado.

A Reuters divulgou que, em agosto de 2017, a Raízen Combustíveis, joint venture entre Cosan e Shell, estava com as negociações para obter uma cadeia de postos pertencentes à petroleira na Argentina. O acordo estava avaliado em mais de US$ 1 bilhão.

Em setembro, a Raízen oficializou uma proposta vinculante pelos ativos da Shell na Argentina, entretanto nenhum acordo foi feito ainda.

A declaração ocorre um dia após a Cosan reportar vendas de combustíveis no Brasil 4% maiores no quarto trimestre, com as do diesel 9% maior, por causa da alta demanda no setor agrícola.

Etanol em alta

A Cosan informou na quinta-feira (22) um lucro líquido de R$ 686, milhões no quarto trimestre do ano passado, ante a R$ 183,3 milhões no mesmo período de 2016.

O diretor de RI da Cosan afirmou que o cenário é positivo para a demanda e os preços do etanol no mercado brasileiro. “Temos visto na ponta uma demanda bastante consistente, a preços bastante razoáveis, e temos a percepção de que o suprimento vai ocorrer. Não esperamos impactos no preço”, destacou o diretor.

O álcool tem ficado em alta após as subidas tributárias maiores e reajustes frequentes da Petrobras sobre a gasolina. A União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) relatou fortes vendas na primeira quinzena desse mês.

O diretor de Relações com Investidores da Cosan comentou que a tendência é a Raízen iniciar a safra 2018/19 em abril, alocando maior parcela de cana para a fabricação do biocombustível. Entretanto essa mistura no mercado deve impactar nos preços internacionais do açúcar.

Com Informações da Reuters.

*Sob supervisão de Sara Lira