Ebitda ajustado da companhia foi de R$ 519 milhões, com margem de 16%.

A Usiminas teve um prejuízo líquido de R$ 19 milhões no segundo trimestre, frente a um lucro líquido de R$ 157 milhões no trimestre anterior. De acordo com balanço do período divulgado nesta sexta-feira (27), os Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda ajustado) foi de R$ 519 milhões, com margem de 16%.

Segundo a empresa, o resultado foi impactado pelo provisionamento contábil de R$ 62,4 milhões para Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Rio Grande do Sul. Sem a mudança, o Ebitda atingiria R$ 581 milhões, contra R$ 641,8 milhões registrados de janeiro a março, e a margem Ebitda registraria 18% ante 19,8% no trimestre anterior.

O trimestre foi impactado também pela greve dos caminhoneiros e pela desvalorização do real frente ao dólar. Desconsiderados esses fatores, a companhia contabilizaria lucro líquido superior a R$ 200 milhões. No acumulado do primeiro semestre, a empresa totalizou R$ 138 milhões de lucro líquido.

“Nos últimos meses, a percepção da população e dos agentes econômicos foi duramente abalada pela paralisação dos caminhoneiros, que coincidiu com o momento de expressiva elevação do câmbio. Esses fatores, somados ao crescimento do protecionismo internacional e às incertezas no cenário político, trouxeram à tona fragilidades da economia e criaram uma crise de confiança que prossegue até o momento”, avalia o presidente da Usiminas, Sergio Leite.

A receita líquida ficou em R$ 3,2 bilhões, índice considerado estável na comparação com o primeiro trimestre, segundo a companhia. A empresa destaca os maiores preços do aço no mercado interno e na exportação, que compensaram os menores volumes de venda de aço e de minério de ferro.

No período, foram comercializadas 977 mil toneladas de aço contra 1,08 milhão no trimestre anterior. Já a venda de minério de ferro, de abril a junho, atingiu 1,4 milhão ante 1,8 milhão no primeiro trimestre do ano.

Unidades

A Usina de Ipatinga (MG) elevou a produção de aço de 715 mil toneladas registradas no primeiro trimestre, para 813 mil toneladas no segundo trimestre. O alto forno da unidade foi religado em abril, após 34 meses desativado.

Juntando a produção de laminados da usina mineira e de Cubatão (SP), totalizam-se 1,06 milhão de toneladas, valor um pouco abaixo em relação ao produzido nos três primeiros meses do ano, 1,07 milhão.

A Mineração Usiminas registrou queda de 32% no Ebitda ajustado, de R$ 33,3 milhões contra R$ 49 milhões no trimestre anterior. A produção no período foi de 1,3 milhão de toneladas e o volume de vendas foi de 1,4 milhão de toneladas, contra 1,8 milhão do primeiro trimestre, em função do menor volume exportado no trimestre.