Aportes deverão ampliar a produção mineral no Estado, além de descomissionar e recuperar barragens de rejeitos, nos próximos anos.

O Brasil receberá US$ 38 bilhões em investimentos no setor mineral entre 2020 e 2024, desse montante, cerca de US$ 13,2 bilhões serão alocados em Minas Gerais. Os dados são do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Nesse valor está incluído, aproximadamente, US$ 2 bilhões para recuperação e descomissionamento de barragens de rejeitos e outras providências relacionadas à segurança das estruturas de rejeitos da mineração. O montante previsto para Minas Gerais representa 35% do total a ser investido no setor brasileiro.

Na avaliação do presidente do Conselho Diretor do Ibram, Wilson Brumer, Minas será o estado que terá o aporte mais diversificado, já que tem o maior montante de investimentos. ”O que Minas tem de mais importante neste momento é a diversificação da mineração. Estamos falando de ferro, fertilizantes, ouro, bauxita, lítio, nióbio, quartzito e calcário. Essas substâncias possuem menor representatividade em volumes, mas são materiais importantes para o futuro da mineração, como é o caso de nióbio ou do lítio, por exemplo”, explica.

Em 2020, Minas foi responsável por 37% do faturamento do setor no cenário nacional, o que corresponde a R$ 76,4 bilhões, um aumento de 31% em relação a 2019, que foi de R$ 58,2 bilhões. Apesar disso, o Estado está em segundo lugar no ranking nacional, atualmente liderado pelo Pará. O maior produtor brasileiro foi responsável por uma fatia de 46% do faturamento nacional, o equivalente a R$ 97 bilhões, aumento de 45% em relação ao faturado pelo Estado em 2019, que chegou a R$ 66,9 bilhões. Segundo Brumer, Minas ainda possui chances de recuperar sua liderança na mineração, o retorno das atividades da mineradora Samarco é para ele um sinal positivo. “A Samarco voltou a operar e teremos números melhores para Minas Gerais em 2021”, afirmou o representante do Ibram.

 

Com dados fornecidos pela ANM e Ibram.