Projeto Serrote, em Alagoas, deve produzir 22 mil toneladas de cobre por ano, além de ouro e prata.

A Mineração Vale Verde (MVV), empresa do grupo Appian Brazil concluiu as obras do Projeto Serrote, na cidade de Craíbas (AL) e já iniciou a produção teste de cobre no complexo. O primeiro embarque, segundo o CEO do grupo, Paulo Castellari, será realizado em novembro e deverá atingir 4 mil toneladas de cobre contido.

“A produção teste foi iniciada antes do prazo e todo o projeto ficou abaixo do orçamento previsto. Com uma vida útil inicial de 14 anos, produziremos 22 mil toneladas de cobre contido por ano. Essa produção deve ser alcançada no primeiro ano de operação da MVV. O nosso cronograma anterior era começar a produção comercial no início de 2023”, afirmou Castellari.

O executivo ressaltou que toda a produção da MVV já está contratada em um acordo de longo prazo. “A maior parte do volume vai para a Ásia e Europa. Uma vantagem competitiva do nosso produto é que ele tem uma alta concentração de cobre”, ressaltou Castellari.

Comparado ao mercado, onde normalmente o teor de cobre é de 30%, o material da Vale Verde tem 40% de cobre. “Foi um arranjo atraente e foram firmados ao preço de mercado. O nosso concentrado tem, ainda, ouro e prata. É de boa qualidade”, disse.

Segundo o executivo, o investimento inicial do projeto era de US$ 250 milhões, com a antecipação os aportes foram reduzidos para US$ 200 milhões.“

As reservas estão confirmadas em 52 milhões de toneladas de minério. Segundo a companhia, a operação de lavra nos anos iniciais será terceirizada e ficará a cargo da empresa Fagundes Construção e Mineração S.A., uma das líderes no setor de serviços de mineração do país. A companhia agora se empenha no plano de expansão para atingir a reserva total, de 108,9 milhões de toneladas, de acordo com o Recurso Medido e Indicado.

Segundo o executivo, o concentrado de cobre produzido pela Vale Verde será destinado principalmente para o mercado asiático, cuja demanda por metais básicos tende a crescer cada vez mais nos próximos anos, com o aquecimento do movimento de eletrificação. “Com o Serrote, temos um ativo de alta qualidade com baixos custos de produção, uma longa vida útil de mina e uma vantagem significativa com potencial de expansão futura.”

O bom momento do mercado internacional para o cobre, segundo Castellari, não foi um dos motivos para essa antecipação. “Acreditamos que o desbalanceamento entre oferta e demanda irá permanecer por pelo menos 10 anos. Não há grandes projetos em desenvolvimento, enquanto que a procura por cobre está cada vez maior. Os preços devem permanecer em patamares altos.” Em maio, a tonelada de cobre ultrapassou os US$ 10 mil, uma alta de 2,33% no comparativo com abril.

 

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