Vale vai descaracterizar barragem da Mina Fábrica em MG

Barragem 8B da Vale, na Mina de Águas Claras, em Nova Lima (MG), descomissionada no final de 2019 - Foto: Agência Vale.

Com a atualização anunciada, um total de 30 estruturas da Vale serão descaracterizadas.

A barragem Área IX, da Mina Fábrica, em Ouro Preto (MG), foi reclassificada como estrutura de método a montante (alteamentos apoiados sobre o rejeito) e será descaracterizada, conforme anunciado pela Vale nesta sexta (25/06). A estrutura não recebe mais rejeitos desde 2018 e encontra-se em nível 1 do Plano de Ação de Emergência de Barragem de Mineração (PAEBM).

Com essa nova atualização, o número total de estruturas do programa de descaracterização da Vale aumentou para 30: 16 barragens, 12 diques e dois empilhamentos drenados.

Desde 2019, cinco dessas barragens já foram descaracterizadas:

  • Barragem 8B (Nova Lima – MG)
  • Dique Rio do Peixe (Itabira – MG)
  • Diques 2 e 3 da barragem Kalunga (Parauapebas – Pará)
  • Pondes de Rejeitos do Igarapé Bahia (Parauapebas – Pará)

Segundo a companhia, a descaracterização é um compromisso para a redução de riscos das operações e também está previsto na legislação, a fim de garantir que rompimentos como o da barragem B1, em Brumadinho, nunca mais aconteçam.

De acordo com a empresa, a prioridade é a segurança das pessoas e comunidades a jusante de suas operações, assim como a segurança de todas as suas estruturas. Um dos principais marcos para reduzir o nível de risco da companhia é a descaracterização de todas as 30 estruturas geotécnicas a montante no Brasil, incluindo barragens, diques e empilhamentos drenados.

Uma estrutura a montante é uma estrutura construída pelo método de alteamento a montante, em que o corpo da estrutura é construído a partir dos rejeitos espessos depositados no reservatório, por estratificação sucessiva e na direção oposta ao fluxo de água (montante). Este era o mesmo método de construção da barragem de Brumadinho.

Descaracterização

O termo ‘‘descaracterização’’ significa reintegrar funcionalmente a estrutura e seus conteúdos no meio ambiente, de modo que a estrutura não sirva mais ao seu propósito principal de atuar como contenção de rejeitos. Leis e regulamentos recentemente aprovados exigem a descaracterização de todas as estruturas a montante em um cronograma específico, com base em projetos acordados com as autoridades.

A descaracterização de uma estrutura a montante é um processo complexo e pode demorar para ser concluído com os devidos cuidados de segurança. Os trabalhos relacionados ao processo de descaracterização podem influenciar nas condições de estabilidade geotécnica e aumentar o risco de tais estruturas.

 

Com informações da Agência Vale.

 

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