Mineradora deve construir planta de mineração de basalto na BR-050 no segundo semestre de 2021.

A empresa Luvas Mineradora confirmou, na última quinta (08/07), a construção de uma nova planta de extração de basalto em Uberlândia (MG). Os investimentos devem chegar a R$ 200 milhões e o empreendimento ficará na BR-050 sentido Araguari. A previsão é que sejam gerados cerca de 250 empregos diretos e indiretos.

Conforme o empresário, Luís Vasconcelos Borches Júnior, investidor que apresentou o plano de negócios ao município, a mineradora será instalada em uma jazida a ser explorada, com capacidade de mais de 24 milhões de toneladas de basalto – rocha vulcânica com abundância no solo da região.

Segundo o empreendedor, o estoque permite que o empreendimento produza mais de 200 mil toneladas de um mix de produtos, como britas e areias para construção civil e obras rodoviárias, bem como o pó de basalto (remineralizador capaz de substituir adubos químicos).
“No nosso plano, a previsão é de que seja construído no segundo semestre deste ano. Poderá ser a maior planta de remineralizadores do país e a maior de britagem em Uberlândia”, explicou Borches Júnior.

O prefeito Odelmo Leão ressaltou a importância do novo investimento na cidade, não só no sentido de gerar desenvolvimento por meio de emprego e renda, mas também por ser mais um passo para a difusão do pó de rocha. “Esse produto será o futuro do agronegócio brasileiro. O setor tem que se preparar, de maneira sustentável, para alimentar o mundo.”

De acordo com o chefe do Executivo de Uberlândia, a Prefeitura tem um projeto pioneiro para difundir o pó de basalto como principal ferramenta para a recuperação de áreas percoladas e consequente expansão da fronteira agrícola no Brasil.
Basalto

O basalto é uma rocha silicática de origem vulcânica abundante em Uberlândia e região. A cidade possui mais de 16 mil hectares desse recurso, que apresenta altas concentrações de cálcio, magnésio e potássio, entre outros minerais. Na sua forma em pó, tem capacidade de aumentar o rendimento de produção na ordem de 20% a 30%, com melhoria da sanidade das plantas, maior retenção de carbono no solo, maior resistência às intempéries e menor uso de fertilizantes sintéticos e defensivos, que encarecem os custos da lavoura.

De acordo com o município, desde 2017, a Prefeitura de Uberlândia tem realizado estudos e testes, junto à empresa Campo, em lavouras de grãos. Recentemente, também de forma pioneira, iniciou a testagem do pó em pequenas e médias propriedades em diversas culturas, como pastagem, hortaliças e banana, dentre outros.

Em outubro de 2019, o Município realizou um seminário nacional sobre esse estudo, que contou com a presença de pesquisadores e agricultores de todo o país. Os primeiros resultados da aplicação em lavouras de soja de Minas Gerais, Tocantins e Goiás foram apresentados em abril de 2020, corroborando as perspectivas de plantações mais robustas e saudáveis.

 

 

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