00Queda em novembro do PLD representa oportunidade para consumidores negociarem contratos para fornecimento em 2022 e 2023.

O significativo volume de chuvas dos últimos dias de novembro, que culminou com o aumento do nível dos reservatórios das hidrelétricas e a queda do PLD (Preço de Liquidação das Diferenças), amenizou o cenário pessimista da crise hídrica e fez abrir, agora em novembro, uma janela importante de contratação de energia aos consumidores livres para 2022 e 2023, segundo o Grupo Safira, um dos principais do ecossistema de energia do país.

“O PLD de outubro de 2021 teve um corte de mais de 40% em relação ao do mês anterior e há uma tendência de queda de mais de 50% para este mês de novembro, de modo que temos uma janela interessante para contratação de energia futura por parte dos consumidores livres”, afirma Raphael Vasques, coordenador de Inteligência de Mercado do Grupo Safira.

De acordo com ele, a produção de energia através das hidrelétricas deve aumentar até o fim de 2021, estimulando as contratações, mas ainda será necessária a utilização da capacidade máxima das usinas termelétricas para afastar o risco de racionamento.

No período seco de 2021 os preços de energia dispararam devido à expectativa baixa em relação ao volume de chuvas para o período úmido, fazendo com que o PLD alcançasse o seu patamar máximo no mês de agosto passado e desestimulasse eventuais contratações de energia.

Segundo Vasques, apesar do crescimento e da diversificação da matriz energética brasileira nos últimos 20 anos, que saltou de 75 GW para 179 GW de capacidade instalada, de 2001 a 2021, e reduziu a participação das hidrelétricas de 83% para 65% no período, o Brasil ainda é muito dependente das chuvas e dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas para geração de energia.

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