O plano é parte de um esforço da China em aumentar sua influência sobre os preços da matéria-prima do aço.

A nova investida da China de controlar os preços do minério de ferro é um plano para obrigar as mineradoras globais a negociarem com o maior mercado do mundo por meio de uma plataforma centralizada, segundo a agência internacional de notícias Bloomberg.

O governo chinês quer que todas as compras das commodities usadas na produção de aço sejam realizadas através de uma plataforma única apoiada pelo Estado e que está sendo preparada, segundo fontes com conhecimento do assunto. No momento, empresas chinesas que incluem siderúrgicas podem negociar comprar à vista de maneira independente.

O plano do governo visa estabilizar os preços do minério de ferro no longo prazo e é parte de um esforço mais amplo para aumentar a influência da China sobre os preços das commodities, disseram as fontes. O spot (à vista) de minério de ferro é relativamente pequeno, mas os preços nesse mercado determinam o quanto as siderúrgicas pagam nos contratos de longo prazo.

A China produz mais da metade do aço do mundo e suas importações de minério de ferro em 2021 foram avaliadas em quase US$ 180 bilhões. A siderurgia local há muito se queixa do poder de formação de preços, que segundo ela é mantido por um grupo de grandes companhias mineradoras internacionais.

As autoridades também querem conter a inflação enquanto o governo lança medidas de estímulo em 2022 que poderão dar um alento na demanda por aço.

Segundo a Bloomberg, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China não respondeu imediatamente a um pedido de entrevista.

As mais novas propostas reforçam uma série de ações e anúncios divulgados na semana passada que anularam um poderoso rali dos preços do minério de ferro que vinha desde a metade de novembro.

As autoridades organizaram várias reuniões com traders que culminaram em um encontro na quinta-feira (17/02), no qual grandes companhias de commodities foram solicitadas a reduzir os estoques e cooperar com a investigação sobre possíveis atividades “ilegais”.

 

Fonte: Bloomberg

 

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