A mineradora excluiu, momentaneamente, a previsão de produção da MRDM em 2022, estimada entre 70 mil e 80 mil onças de ouro.
A Equinox Gold anunciou a suspensão temporária de suas operações na Mineração Riacho dos Machados (MG) devido ao atraso nas autorizações para as obras de alteamento em sua barragem de rejeitos. Principal produtora de ouro das Américas, a Equinox Gold é uma empresa canadense de mineração, com sete minas em operação, em quatro países: Brasil, Canadá, Estados Unidos e México, além de outros projetos em desenvolvimento. No Brasil, está presente nos estados da Bahia, Maranhão e Minas Gerais.
“A Equinox Gold comunica que as autorizações para as obras de alteamento programado da barragem de rejeitos da Mineração Riacho dos Machados (MRDM), localizada no Norte de Minas Gerais, estão atrasadas. Diante disso, as operações da MRDM foram temporariamente suspensas até resolução do assunto”, disse a empresa em comunicado.
Segundo a mineradora, as discussões com as autoridades reguladoras estão em desenvolvimento, e a MRDM aguarda autorização do órgão ambiental para mobilização e início imediato da obra de alteamento da barragem de rejeitos. “A Equinox Gold espera reiniciar as operações na MRDM em até dois meses após aprovação pelo órgão ambiental, com expectativa para o segundo trimestre de 2022”, destaca.
A Equinox Gold excluiu, momentaneamente, a previsão de produção da MRDM em 2022, estimada entre 70 mil e 80 mil onças de ouro, equivalente a, aproximadamente, 11% da produção consolidada de todo o grupo, projetada entre 625 mil e 710 mil onças de ouro. As novas previsões serão atualizadas pela empresa mediante retomada de produção da MRDM.
“Os alteamentos da barragem de rejeitos da Mineração Riacho dos Machados são realizados constantemente, durante toda a vida útil da mina, e a estrutura é operada e projetada de acordo com as melhores práticas da indústria, sendo regularmente inspecionada e auditada por partes independentes, órgãos reguladores (ANM) e de licenciamento (SEMAD/MG)”, ressaltou a empresa.
A alteração do projeto de alteamento foi protocolada na SUPRAM Norte de Minas, em 2017, modificando o método construtivo de linha de centro para o método a jusante, considerado o método mais seguro. Os alteamentos da barragem, iniciados em 2018, foram todos realizados adotando o método a jusante, o que foi autorizado pelo órgão ambiental até a cota 835m.
De acordo com a mineradora, desde junho de 2021, a empresa vem discutindo com o órgão ambiental a continuidade do alteamento pelo método a jusante até a cota já contemplada em sua licença ambiental, cota 840m, o que não foi autorizado até o momento, impossibilitando a continuidade das operações.