Atlantic Nickel dá uma segunda vida a cerca de 90% dos resíduos produzidos nas operações e tem como meta chegar a 100%.
A Appian Capital Brazil, fundo de investimentos privados especializado em mineração, avança com seu programa de Gerenciamento de Resíduos e amplia o seu Centro de Triagem de Resíduos (CTR). O objetivo do grupo é dar uma segunda vida aos resíduos gerados na Atlantic Nickel, produtora de concentrado de níquel, em Itagibá (BA), para ampliar o processo de Economia Circular, estimulando dessa forma a cadeia da sustentabilidade.
Com capacidade de triagem e destinação de 3 mil toneladas por ano, o novo CTR possui potencial de gestão de resíduos superior à antiga unidade. No local, são realizados o recebimento, triagem, armazenamento temporário até a sua destinação ambientalmente adequada dos resíduos da mina Santa Rita. São 1.506 m² de área total.
Segundo a mineradora, o processo de gerenciamento de resíduos no ativo começa nas operações. Os empregados de todas as áreas da Atlantic Nickel (área de operação, administrativo, planta, mina, barragem, manutenção etc.) fazem a primeira separação/triagem dos resíduos. Diariamente, uma equipe de coleta recolhe os diversos tipos de resíduos e leva até o CTR, onde acontece a última etapa de separação.
Atualmente, a mineradora reaproveita cerca de 90% de seus resíduos produzidos em suas operações e tem como meta, atingir 100% dos reutilizáveis até 2025. Os resíduos recicláveis (plástico, alumínio, papel etc.) são doados às associações de catadores.
Outra parte dos resíduos, provenientes de processos de manutenção com presença de óleos e graxas, é encaminhado para indústrias cimenteiras, que os transformam em combustível para seus fornos, por meio do coprocessamento. Desta forma, na produção de cimento, o material substitui o combustível fóssil, o que acarreta também na redução das emissões de CO2 no processo.
Infraestrutura
Com investimento de mais de R$ 3,2 milhões, toda a edificação do Centro de Triagem de Resíduos é revestida com piso especial, com sete camadas de impermeabilização, para assegurar total proteção do solo contra contaminações. O CTR também é equipado com sistema de tratamento de efluentes, que garante destinação correta dos resíduos oleosos, conta também com um sistema de contenção contra vazamentos e/ou possíveis incidentes. O prédio conta com telhas translucidas, a fim de reduzir o consumo de energia, por meio do melhor aproveitamento da iluminação natural.
Ainda segundo a empresa, este ano, será instalado no local um biodigestor, que vai transformar resíduos orgânicos em biogás, combustível que poderá ser utilizado em um gerador e vai fornecer energia elétrica para o centro. O equipamento também vai produzir biofertilizante para o Programas de Reflorestamento da Mata Atlântica realizado pela mineradora. A meta da Appian é, no segundo momento, fornecer a tecnologia para geração do biogás para ser utilizado como gás de cozinha e biofertilizante, para uso na agricultura por pessoas em situação de vulnerabilidade, que residem nas proximidades da Atlantic Nickel.
Gestão de resíduos orgânicos para reflorestamento
Todos os dejetos naturais produzidos em sua operação vão para as composteiras, que transformam em um composto orgânico, sem gerar odores e chorume. O composto é utilizado nas ações da mineradora voltadas para preservação da biodiversidade e reflorestamento da Mata Atlântica do entorno da unidade.
Desde que o fundo de origem britânica, com quase 4 anos de atuação no mercado brasileiro, assumiu a gestão do ativo, já foram reflorestados 174,57 hectares de Mata Atlântica, com o plantio de 125.565 mudas nesse período.
Para dar suporte ao programa de reflorestamento, que tem potencial de produção de 100 mil mudas por ano, a empresa implantou no perímetro de operação da Atlantic Nickel um viveiro, que produz espécies locais como Jacarandá da Bahia, Pau Brasil, Ingá de Metro, Aroeira, Ipê, Genipapo e Pinho, sendo plantadas na região e entorno. Essas mudas também são distribuídas para empregados e parceiros em eventos promovidos na comunidade.