Empreendimento de R$ 1,3 bilhão vai gerar cerca de 1200 postos de trabalho, além de triplicar a movimentação de minério de ferro.

A Mineração Morro do Ipê obteve, nesta sexta-feira, 29/09, a aprovação da Licença de Operação (LO) da Mina Tico-Tico. A LO autoriza o início da operação do empreendimento, que fica localizado em Brumadinho, na divisa com os municípios de Igarapé e São Joaquim de Bicas, em Minas Gerais.

A votação foi realizada durante a 103ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica Especializada de Atividades Minerárias (CMI) do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). Fazem parte da CMI, o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), diversas secretarias do Estado de Minas Gerais, além da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig); o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama/MG), a Agência Nacional de Mineração (ANM) e representantes da Sociedade Civil.

Segundo a mineradora, foram 20 meses de obras com o envolvimento de 4 mil funcionários, além da geração direta de 1200 postos de trabalho. A Mineração Morro do Ipê investiu R$ 1,3 bilhão no Projeto Tico-Tico, sendo que desse montante, mais de 80% foram direcionados para a contratação de serviços de empresas mineiras.

Com o investimento, a produção de minério de ferro da empresa será triplicada, passando das atuais 3,5 milhões de toneladas de minério de ferro para mais de 9 milhões de toneladas por ano, sendo 6 milhões de toneladas de um minério premium, destinado à exportação.

Mina Tico-Tico da Mineração Morro do Ipê.
Mina Tico-Tico – Foto: Mineração Morro do Ipê.

“O projeto Tico-Tico foi implementado utilizando várias práticas sustentáveis que vão minimizar nosso impacto ambiental, maximizar nossa eficiência e proteger a saúde e segurança de nossa comunidade”, reforça Jayme Nicolato, CEO da Mineração Morro do Ipê.

Cristiano Parreiras, diretor de Sustentabilidade e Assuntos Corporativos da Mineração Morro do Ipê, ressalta a sustentabilidade do projeto, que não utiliza barragens. “A Mina Tico-Tico é um empreendimento inovador e sustentável, que contará com um filtro-prensa para que 100% do resíduo de minério seja tratado, dispensando a necessidade de barragens”.

Segundo ele, este material filtrado pode virar tijolos e bloquetes para construção civil. “Parte do piso do estacionamento do escritório da Mina do Ipê foi construída com esse tipo de material”, complementa.

Para Cristiano, o setor da mineração deve estar cada vez mais atrelado à tecnologia e inovação, integrado à comunidade e priorizando sempre a agenda ESG. “A Morro do Ipê atua com as melhores práticas ambientais em atendimento a todos os requisitos técnicos e legais, em busca de eficiência em seus processos e redução de impactos no entorno de suas operações. Um exemplo disso é que enquanto a área explorada é de 300 hectares, a preservada é sete vezes maior, chegando a 2.100 hectares”, finaliza.

A Mineração Morro do Ipê e o Porto Sudeste do Brasil, terminal portuário localizado em Itaguaí (RJ), são operações que pertenciam à MMX, do grupo de Eike Batista. Hoje, são controladas pela Mubadala, grupo de investimento global, e a Trafigura, investidora global de commodities, além de outros investidores minoritários.

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