O investimento da supera os US$ 540 mil e conta com os serviços da startup Morfo para testar uma nova metodologia de reflorestamento.

A Hydro Paragominas é a primeira mineradora de bauxita no Brasil a usar inteligência artificial e drones para dar escala à reabilitação ambiental na Amazônia brasileira.

Com um investimento previsto de mais de US$ 540 mil, o pontapé inicial para a iniciativa é a contratação da startup franco-brasileira Morfo que vai testar um método com o potencial para ser mais uma das opções da companhia, que trabalha também com nucleação, plantio tradicional e regeneração natural. 

Segundo a mineradora, atualmente, mais de 3 mil hectares já foram reflorestados na região da Hydro Paragominas desde 2009.

Para o gerente de meio ambiente da Hydro Paragominas, Jonilton Paschoal, a iniciativa vai contribuir e reforçar as metas de reabilitação da mineradora.

“Estamos constantemente buscando soluções inovadoras no mercado para as iniciativas da mina, trabalhando a sustentabilidade das nossas operações por meio da tecnologia. A Hydro Paragominas se posiciona como a primeira mineradora a usar drones para plantio de espécies arbóreas nativas na Amazônia brasileira”, comenta.

A iniciativa da companhia será aplicada em testes considerando diferentes cenários, em um total de 50 hectares. Desses, 25 hectares receberam solos provenientes de pastos da região e agora devem receber o enriquecimento vegetal com a tecnologia da Morfo. Já os outros 25 hectares são de área recentemente minerada.

“Nosso sistema faz um plano hiper particularizado conforme as necessidades específicas de cada porção de terra, aplicando os recursos mais adequados para cada uma, e usando uma equipe de duas pessoas e um drone para o plantio, o que permite restaurar extensões maiores de maneira mais eficiente”, explica o CEO da Morfo, Adrien Pages.

A Hydro Paragomin informou que, em 2023 foram reabilitados cerca de 328 hectares, sendo que aproximadamente 70% do reflorestamento foi realizado com a técnica de nucleação, 25% por meio do plantio tradicional e 5% por meio da regeneração natural. Também foi aplicada a técnica de hidrossemeadura em aproximadamente 5 hectares.

Crédito: Divulgação/Hydro

Nova metodologia

A iniciativa da Hydro Paragominas inclui o diagnóstico do solo, feito a partir de imagens de satélite e de drone, para mapear a topografia, os recursos hídricos e a cobertura vegetal existente.

Em laboratório, outras características são analisadas a partir de amostras do solo, como a compactação, a umidificação e a composição mineral e orgânica.

Com o diagnóstico em mãos, a próxima etapa consiste na identificação de espécies nativas com mais chances de sucesso para aquele solo, incluindo variedades dos três estágios da sucessão ecológica, como plantas rasteiras, arbustos e árvores, e as espécies chave estudadas pela Hydro Paragominas. As sementes serão envoltas em uma cápsula nutritiva antes de serem distribuídas.

A terceira etapa é a dispersão das sementes. Uma das vantagens desse método é a facilidade de logística para áreas remotas, sem a necessidade de deslocamento de pessoas ou de intervenções no meio ambiente. Com um único drone pode-se de dispersar 180 cápsulas e sementes das múltiplas espécies por minuto.

A startup parceira da Hydro Paragominas foi reconhecida pelo Trillion Trees Challenge do Fórum Econômico Mundial, pelo programa Google Startup for Sustainable Development e pelo selo Solar Impulse Efficient Solution.

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