Com o processo de comissionamento iniciado, o Projeto Capanema Maximização tem a previsão de adicionar aproximadamente 15 milhões de toneladas por ano (Mtpa) à produção de minério de ferro da Vale. A partir dessa iniciativa, a operação será a umidade natural, sem adição de água no processo e sem a geração de rejeitos, eliminando a utilização de barragens.

Localizada a 80 quilômetros de Belo Horizonte, entre os municípios de Santa Bárbara, Ouro Preto e Itabirito, em Minas Gerais, a unidade integra o Complexo Operacional da Vale em Mariana.

O processamento a seco já responde por mais de 70% de toda a produção de minério de ferro da empresa no Brasil. O método possui menos etapas de produção, com menor impacto ambiental, além de eliminar a necessidade de água no beneficiamento do insumo e não gerar rejeitos.

“Estamos retomando a operação na mina Capanema com práticas mais seguras, eficientes e sustentáveis. Capanema produzirá sinter feed com baixo custo e sem geração de rejeitos. A mina utilizará caminhões autônomos, trazendo maior segurança e reduzindo as emissões de CO2 da operação”, destaca o presidente da Vale, Gustavo Pimenta.

Foto de Drone_Mina Timbopeba Vale
Unidade Timbopeba vai receber produção de Capanema via TCLD | Crédito: Léo Lopes

Para a retomada da operação, foram realizados investimentos para reativação da mina Capanema. Houve, ainda, a implantação de um sistema de transportador de correia de longa distância (TCLD) para transporte do minério de ferro produzido em Capanema até Timbopeba, no município de Ouro Preto.

O TCLD foi montado em área interna da empresa, conectando as unidades e reduzindo o tráfego de caminhões na região. Também foram realizadas adequações no pátio de estocagem de produto e carregamento do terminal ferroviário de Timbopeba, para escoamento da produção pela Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) até o Porto de Tubarão, no Espírito Santo.

Aproximadamente 40 empresas e mais de 6 mil trabalhadores atuaram no pico das obras, com priorização de mão de obra local. A Vale também promoveu oito cursos de capacitação profissional para as comunidades vizinhas ao empreendimento.

Além disso, toda a frota de caminhões fora de estrada da unidade será autônoma, promovendo maior segurança e eficiência na operação. A automação de processos, além da integração das minas do Complexo Mariana via TCLD, permitirá uma redução de emissão de 160t CO2e por ano, o que representa a emissão de 127 carros populares anualmente.

O projeto representa um passo importante para a Vale alcançar o guidance de produção de minério de ferro de 340-360 milhões de toneladas (Mt) em 2026, adicionando flexibilidade às operações e ao portfólio de produtos da empresa.

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