A Cedro Participações vai ampliar a capacidade produtiva de sua mina em Mariana, em Minas Gerais, com o objetivo de atingir 5 milhões de toneladas anuais de minério de ferro em processo a úmido. O projeto de expansão prevê uma ampliação gradual no volume de extração, além de fomentar a economia local.

Os investimentos em infraestrutura e equipamentos devem adicionar mais 2 milhões de toneladas de minério de ferro por ano na produção da mina de Mariana, que atualmente é de 3 milhões de toneladas. Além disso, toda a produção passará a ser de minério premium, conhecido como pellet feed, que é uma matéria-prima com alto teor de qualidade e baixos níveis de impurezas, capaz de reduzir em até 50% as emissões de carbono na atmosfera da indústria siderúrgica.

Essa solução soma-se às outras práticas inovadoras como a filtragem e empilhamento a seco, tecnologia que a Cedro Mineração já vem utilizado para eliminar completamente o risco das barragens de rejeito, e o reaproveitamento de 85% da água utilizada em seus processos.

A expansão da mina também abrange o arrendamento, por parte da Cedro, de uma jazida da Vale que teve o direito de exploração minerário autorizado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), no último mês de setembro. Com R$ 4 bilhões em investimentos, o projeto permitirá o aproveitamento máximo da jazida e possibilitará mais incrementos de tributos e maior oferta de ROM pela Cedro Mineração.

O membro do Conselho de Administração da Cedro Mineração, José Carlos Martins, projeta que, com a ampliação da capacidade produtiva da mina, serão gerados cerca de 300 vagas de emprego diretas e outras mil indiretas na cidade, movimentando setores como serviços, comércio e transporte.

“Vamos combinar a ampliação da nossa capacidade, com a geração de mais empregos em Mariana e a adoção de tecnologias mais modernas em um só projeto. A Cedro vai promover um marco para a mineração regional e nacional, reforçando o papel estratégico do setor mineral no desenvolvimento econômico do Brasil”, ressalta.

O projeto para aumentar a capacidade produtiva em Mariana integra os planos da Cedro para atingir 9 milhões de toneladas até 2028, volume que deverá subir para 20 milhões até 2030, o que irá transformar a empresa na quinta maior mineradora de ferro do Brasil.

Um dos pontos estratégicos para a eficiência do processo produtivo desta expansão é a construção de um Transportador de Correia de Longa Distância (TCLD), uma correia transportadora, que terá 19 km, para ligar a mina com o terminal, dispensando o uso de caminhões no transporte do minério de ferro. De acordo com as estimativas da companhia, a execução da obra de criação da correia deve levar aproximadamente 24 meses para ser concluída.

“Queremos apresentar esse projeto como um modelo para outras operações. Nossa equipe de engenharia está coordenando uma série de estudos que avaliam a viabilidade de replicar a experiência em novos projetos a serem desenvolvidos. Queremos consolidar um novo padrão de produção no setor”, conclui Martins.

Além dessa ampliação, o planejamento da holding também inclui a construção do Porto do Meio, em Itaguaí (RJ), que irá redefinir o escoamento do minério de ferro brasileiro. Resultado de um investimento de R$ 3,6 bilhões, esse ativo vai permitir escoamento de até 25 milhões de toneladas de minério por ano, conectando as minas de Minas Gerais à estrutura portuária do país e dando novo fôlego às exportações.

Um dos grandes diferenciais está na verticalização do negócio, que possibilitará a Cedro se tornar a primeira mineradora de ferro 100% nacional e de capital fechado a controlar todas as etapas da cadeia, da extração ao embarque.

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