Após mais de um ano lutando contra a crise, empresa conclui redução de $ 2.5 bilhões em dívida bruta.
A Rio Tinto divulgou nesta sexta, 23, ter conseguido reduzir sua dívida bruta em mais US$ 2,5 bilhões, com base em licitações e venda de notas, conforme anunciado em 22 de maio de 2017. Desde o início de 2016, valor nominal dos títulos em circulação da empresa foi reduzido de aproximadamente US$ 21 bilhões para cerca de US$ 9,5 bilhões.
As notas compradas e resgatadas foram aposentadas e canceladas e não permanecem pendentes. Segundo comunicado pela companhia, espera-se que os custos de resgate antecipado reduzam os ganhos subjacentes em aproximadamente US$ 180 milhões e o fluxo de caixa de atividades operacionais em aproximadamente US$ 260 milhões no primeiro semestre de 2017. Essas reduções serão compensadas por poupanças em períodos futuros.
Programa de redução de dívida
Em setembro de 2016, a Rio Tinto lançou um programa de redução de dívida em até US$ 3 bilhões, como parte da gestão de capital contínua. A empresa emitiu um aviso de resgate de US$ 1,5 bilhão em notas denominadas em dólar com vencimento em 2017 e 2018 e iniciou também uma oferta pública para recomprar até US$ 1,5 bilhão de notas para 2019, 2020, 2021 e 2022 também denominadas em dólar.
Na época, a mineradora afirmou estar aproveitando sua forte posição de caixa para reduzir ainda mais sua dívida bruta, por meio do lançamento de planos de compra de títulos.
Anteriormente, em abril de 2016, a empresa lançou um programa para comprar US$ 1,5 bilhão de notas para 2017 e 2018 e, em junho, anunciou planos de recomprar US$ 3 bilhões em notas para 2018, 2020, 2021 e 2022. Ambas as ofertas foram encerradas com sucesso.
Conforme divulgado anteriormente pela Revista Mineração, a mineradora colocou sua subsidiária integral Coal & Allied Industries Limited (“C & A”) à venda, fator que contribuirá para a diminuição da dívida e o avanço da empresa em novos negócios. Atualmente, o conselho da Rio Tinto tem se posicionado a favor da venda para a australiana Yancoal, por, segundo a empresa, “oferecer o melhor valor e maior certeza de transação para os acionistas”.