Matéria publicada em jornal afirma que Vale e CSN poderiam firmar parceria.

A Vale negou na manhã de hoje, 4, que estaria avaliando a possibilidade de uma parceria com a CSN, referente aos negócios de mineração da companhia, incluindo a mina Casa de Pedra. A informação havia sido publicada horas antes no Jornal “O Globo”.

“Em relação à reportagem publicada hoje no jornal “O Globo”, a Vale esclarece que não há qualquer deliberação no âmbito dos órgãos de administração da empresa sobre uma eventual compra da mina de Casa de Pedra pertencente à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Informamos adicionalmente que não há em curso e nunca houve qualquer tratativa para adquirir ativos da CSN”, afirma a nota.

A matéria afirmava que o foco da negociação seria a compra de uma fatia ou uma joint-venture com a Congonhas Minérios, empresa subsidiária da CSN e que possui, além da mina Casa de Pedra, as minas Engenho e Pires em Minas Gerais, e ativos de logística. De acordo com o texto, a CSN, que possui uma dívida líquida de R$25,8 milhões buscaria com a venda levantar recursos, enquanto a Vale teria ganhos de sinergia com a operação, uma vez que a ferrovia e o porto usados para escoar o minério da CSN também são utilizados pela mineradora.

Em 2016, a CSN começou a negociar seu braço de mineração com empresas chinesas, mas as negociações não foram finalizadas. Além das dívidas, a CSN ainda conta com outro problema: até o momento não divulgou o balanço financeiro do ano passado, devido a questionamentos dos auditores externos, que contestam a operação que reuniu os ativos de mineração e logística para formar a Congonhas Minérios.

Casa de Pedra

Casa de Pedra é um dos ativos mais valiosos da CSN, devido à qualidade do minério. Com as outras duas minas menores, as reservas chegam a ser estimadas em três bilhões de toneladas. Casa de Pedra foi alvo de longo litígio envolvendo Vale e CSN. Em 2001, quando ocorreu o descruzamento de ações das empresas, foi acordado que a Vale teria direito de preferência sobre o minério excedente da mina, ou seja, a mineradora poderia comprar todo o minério que não fosse usado para alimentar os altos-fornos de Volta Redonda.