Projeto da Mbac Fertilizantes avança no Pará

Audiência pública discutiu implantação de projeto de extração de fosfato e produção de fertilizantes no sul do Pará - Foto: Divulgação / Ascom Semas.

Empresa espera gerar até quatro mil novos postos de trabalho no empreendimento de produção de fertilizantes localizado no sul do Estado.

Uma audiência pública, realizada no último dia 10, discutiu o projeto Fosfato Santana, da MbAC Fertilizantes, que deverá ser instalado em São Félix do Xingu, no sul do Pará. No momento, a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Pará (Semas) avalia o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (Rima) para emissão da Licença Prévia – LP do empreendimento. O escoamento da produção deverá ocorrer pelos municípios de Santana Do Araguaia e Cumaru do Norte.

Segundo informações da Semas, a audiência teve a participação de aproximadamente 300 pessoas. Estiveram presentes o secretário adjunto de Gestão de Regularidade Ambiental da Semas, Thales Belo, a diretora de Licenciamento Ambiental da Semas, Edna Corumbá, a advogada do órgão ambiental, Marianne Pinto; representante do Ministério Público Estadual, de instituições governamentais e não governamentais, autoridade estaduais e municipais, além da própria comunidade.

O secretário adjunto da Semas, Thales Belo, destacou que a discussão é fundamental para ampliar o diálogo com a comunidade: “Nós percebemos o engajamento de todos. Eles ficam atentos à apresentação e trazem demandas importantes para o Estado que vai recepcioná-las e absorvê-las no momento da análise”, disse.

O Fosfato Santana será voltado para a produção do superfosfato simples (SSP) e de fosfato natural para a produção de fertilizantes para a agricultura. As pesquisas que confirmaram a existência do mineral na região iniciaram-se em 2010, após a instalação de um projeto da Mbac em Tocantins. A expectativa da empresa é um investimento na ordem de R$ 688 milhões de reais para a implantação do projeto. A área total é de 1202,8 ha, incluindo mina, beneficiamento, complexo químico, barragem de rejeitos e acesso para expedição do produto. Conforme cronograma da empresa, a fase de operação deve ser iniciada ainda este ano.

Somente na fase de implantação deverão ser gerados até 2.500 empregos, durante o pico das obras de instalação da estrutura. Já, durante a operação, deverão ser contratados cerca de 280 colaboradores diretos, distribuídos em todos os níveis de instrução, para atividades operacionais e administrativas; e 1700 indiretos. Dos 280 colaboradores, 105 devem compor o quadro de mão-de-obra dos cargos administrativos, dos quais 27 serão de nível superior e 78 serão de nível médio. Os outros 175 colaboradores irão compor o quadro de mão-de-obra dos cargos denominados operacionais, também de nível médio. No total, a empresa espera gerar até 4 mil novos postos de trabalho.

O planejamento da lavra foi desenvolvido para a produção de 300 mil toneladas anuais de concentrado fosfático. Com as reservas naturais pesquisadas, a vida útil do empreendimento deverá ser de 31 anos, com um pico de movimentação anual de 5,2 milhões de toneladas de estéril e minério.