Companhia desenvolveu junto à equipe de estudantes o veículo que participa da World Solar Challenge.
Até o dia 15 de outubro, a Austrália recebe a corrida World Solar Challenge, realizada inteiramente com carros movidos à energia solar. Entre os grandes destaques do evento, está a participação de um veículo desenvolvido pelo grupo industrial ThyssenKrupp, chamado Blue Cruiser.
O veículo foi criado por um grupo estudantil da Universidade de Ciências Aplicadas de Bochum, na Alemanha, com o apoio e financiamento da empresa.
A base para a condução eficiente do carro solar é uma classificação altamente resistente combinada com um motor intrincado e exigente. Segundo a ThyssenKrupp, é preciso ter grande habilidade e precisão na construção do motor elétrico.
Laminas de aço de 0,3 mm de espessura são cortadas por um laser de alto desempenho e, em seguida, são empilhadas e coladas para formar núcleos de ferro: o estator, montado diretamente no eixo fixo, e o rotor, montado na roda e circunda o estator.
“As últimas semanas foram muito agitadas”, diz Antonie Bauer (Toni), responsável pela comunicação do time da Universidade de Bochum. Na Austrália, o Thyssenkrupp Blue Cruiser e todos os outros da corrida só foram testados para o serviço técnico pelos próprios organizadores do evento e não pela equipe de criação.
“Durante a verificação estática, um tipo de teste técnico, tivemos que provar que cumprimos todas as regras durante a construção do veículo”, detalha o estudante. A área de superfície das células solares e a visibilidade do motorista também foram verificados. “Em uma emergência, todos os quatro passageiros precisam sair do veículo por apenas duas portas dentro de 15 segundos”, diz Toni, listando outro critério chave da inspeção.
O veículo vem passando por testes menores desde o mês de agosto. “Nas últimas semanas, já superamos vários obstáculos juntos”, diz ele. Várias centenas de quilômetros no asfalto áspero da Estrada Stuart, já na Austrália, levaram à descoberta de falhas que não foram descobertas durante o teste de condução na Alemanha.
“Finalmente conseguimos medir o desempenho do gerador solar sob condições de corrida realistas. A mecânica tem trabalhado particularmente na parte traseira do chassi. Nós adicionamos uma maior rigidez aqui, que resolvemos sem grandes problemas”.
O Blue Cruiser tem a silhueta de um coupé clássico e um dos pontos de maior destaque é a aerodinâmica eficiente. Para isso, ele foi testado em um túnel de vento. Na classe Challenger, os assentadores aerodinâmicos entrarão na corrida e na classe de aventura, os novos membros da equipe terão a chance de participar de outras corridas, fora da competição. O plano é conseguir atravessar um continente inteiro, usando apenas o sol como fonte de energia.
“Nosso objetivo é desenvolver um carro com o qual as pessoas possam realmente dirigir no futuro próximo”, afirma o professor Friedbert Pautzke, professor de engenharia elétrica da Universidade de Bochum e iniciador do projeto Solarcar, no qual o veículo foi desenvolvido.
O Blue Cruiser é um carro particularmente sustentável. Por exemplo, na seleção dos vários componentes, foi tomado cuidado para proporcionar um bom equilíbrio ambiental ao longo de todo o ciclo de vida. Um exemplo é o próprio interior do veículo, que é constituído de placas de aço e também de fibras naturais e couro de abacaxi.
A corrida
O World Solar Challenge é uma corrida difícil para veículos solares e percorre mais de 3 mil km pela Austrália. A corrida acontece durando oito dias a cada dois anos, com início na cidade de Darwin e término na cidade de Adelaide.
A World Solar Challenge não é apenas um evento esportivo de corrida, e sim um desafio que quer ser entendido como uma competição de design em que os carros elétricos mais eficientes devem ser produzidos.
Essa já é a oitava participação da ThyssenKrupp na corrida, dessa vez com seu oitavo carro apresentado especialmente para o evento. O time Sonnenwagen Aachen, em cooperação com Huawei, representanta a Alemanha, na classe Challenger. Um total de 42 equipes de todo o mundo estão representadas, incluindo universidades de renome como Stanford e Cambridge.