Worldsteel afirma que demanda de aço deve subir 7% em 2017

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Segundo a associação, crescimento tem sido impulsionado, em grande parte, por fatores cíclicos e não estruturais.

A projeção de aumento da demanda de aço em 2017 pode chegar a 7%, subindo para 1,62 bilhão de toneladas. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (16) pela Worldsteel, associação que reúne as principais fabricantes de aço do mundo.

De acordo com a entidade, uma das principais razões do avanço é o desligamento dos fornos de indução elétrica na China, categoria que não é capturada pelas estatísticas da Worldsteel. Dessa forma, a demanda do mercado é suprida pelos principais fabricantes de aço, entrando, assim, nas estatísticas oficiais de 2017. Desconsiderando este efeito de base estatística, a associação espera que a taxa de crescimento da demanda de aço da China para 2017 seja de 3%, o que tornará a taxa global correspondente a 2,8%.

Já para 2018, a expectativa é que a demanda de aço atinja uma alta de 1,6%, registrando 1,65 bilhão de toneladas.

A projeção também é de crescimento nas América do Sul e Central, incluindo o Brasil. Em 2017, esse índice pode chegar a 2,5%, para 40,4 milhões de toneladas, e, no ano que vem, de 4,7%, para 42,3 milhões de toneladas.

“O progresso no mercado mundial de aço este ano até agora tem sido encorajador. Vimos a reviravolta cíclica ampliando e reafirmando ao longo do ano, levando a performances melhores do que o esperado tanto para economias desenvolvidas como em desenvolvimento”, afirmou o presidente da Worldsteel, T.V. Narendran, em comunicado divulgado no site oficial da entidade.

No entanto, continuam sendo fatores de risco as mudanças na política dos Estados Unidos, incerteza das eleições na União Europeia, desaceleração e dívida da China, a tensão geopolítica na Coreia do Norte e o crescimento do protecionismo em alguns locais.

Ainda assim, de acordo com Narendran, a expectativa é de que em 2018 o crescimento continue em ascensão. “A demanda mundial de aço está se recuperando bem, impulsionada em grande parte por fatores cíclicos e não estruturais”, destacou.