Samarco anuncia prorrogação de layoff dos funcionários

A barragem de Fundão se rompeu no dia 5 de novembro de 2015, em Mariana, causando sérios prejuízos ambientais e deixando 19 mortos. Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil.

Empresa está com as operações paralisadas há quase dois anos, desde o rompimento da barragem de Fundão.

A Samarco anunciou que vai prorrogar a suspensão dos contratos de trabalho (layoff) por mais cinco meses. O último layoff se encerraria no final de outubro. Agora, o novo prazo vai de 1º de novembro deste ano a 31 de março de 2018. A decisão foi um acordo entre a empresa, os sindicatos METABASE (Mariana/MG) e Sindimetal (ES), após uma reunião realizada na última quarta-feira (18). A empresa está com as atividades paralisadas há quase dois anos, desde o rompimento da barragem de Fundão, em 5 de novembro de 2015.

A proposta ainda será votada em assembleia pelos trabalhadores. Caso seja aceita, os empregados que continuarem em layoff terão os direitos atuais garantidos, recebendo o valor correspondente à renda líquida mensal de cada um.

Atualmente, a empresa tem cerca de 1.800 empregados próprios, dos quais cerca de 800 estão com os contratos suspensos. A Samarco informou que desde a paralisação das atividades, recorreu aos mecanismos legais, tais como licença remunerada, férias coletivas e suspensão dos contratos de trabalho.

Retorno das operações

A barragem de Fundão se rompeu no dia 5 de novembro de 2015, em Mariana, causando sérios prejuízos ambientais provocados pela lama de rejeitos, e deixando 19 mortos. Desde então, as atividades estão paralisadas. Ainda não há data prevista para a Samarco voltar a operar. De acordo com informações divulgadas pela empresa, a companhia precisa obter duas licenças ambientais para retomar os trabalhos.

Uma delas é o Licenciamento Operacional Corretivo (LOC) do Complexo de Germano, que já foi protocolado junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad). O outro é o pedido de licença para disposição de rejeitos na Cava de Alegria Sul, também já protocolado. Os processos de licenciamento ambiental estão em andamento.