Goldman Sachs reinicia análise de empresas de mineração e siderurgia

Banco divulgou relatório nesta semana e afirma preferir setor siderúrgico ao de mineração.

O Goldman Sachs informou que está reiniciando a cobertura das ações do setor siderúrgico, de mineração e papel e celulose na América Latina, com grande destaque para o Brasil. De acordo com informações do site Money Times, a empresa divulgou um relatório de 46 páginas, assinado por Humberto Meireles e Michael Scott com todos esses dados.

O documento deixa claro que o banco prefere a exposição ao setor siderúrgico em comparação com o de mineração, pois a relação entre a oferta e a demanda continua a apoiar os preços e margens para mercado da siderurgia. Outro fator de preferência diz respeito a alavancagem operacional que deve apontar para um aumento na demanda do aço.

Dessa forma, a Gerdau foi avaliada com a recomendação de compra e adicionada ao grupo de ações preferidas para a América Latina. O preço-alvo projetado é de R$ 13,70. O valor indica um potencial de valorização de 17%. Para a Gerdau Metalúrgica, a recomendação é de compra, com um preço-alvo de R$ 6,50. O potencial de alto aproximado é de 16,1%.
As ações da Usiminas foram retomadas com a recomendação neutra e preço-alvo de R$ 8,70. O valor sugere um potencial de baixa de aproximadamente 14%.

Para a Vale, o Goldman Sachs estima o valor de US$ 50 a tonelada em 2018, contra US$ 61 do mercado à vista, o que pode diminuir a geração de caixa livre da empresa. “Apesar do caso de investimento para a Vale e seu recente progresso idiossincrático, acreditamos que os preços mais baixos do ferro superarão sua reviravolta operacional, uma visão que nos mantém cautelosos, pois a alavancagem operacional da empresa em relação à fraca estimativa dos preços do minério de ferro é muito grande para ser ignorada”, explicaram os analistas.

A recomendação para a mineradora é feita para as ADRs (American Depositary Receipts). O preço-alvo de US$ 9,21 para VALE, correspondente às ações ordinárias, implica em um potencial de queda de aproximadamente 10,4%.

Já a projeção para a Bradespar é de um preço-alvo de R$ 22 e potencial negativo de 10%. Segundo o banco, as ações da empresa que possui uma participação de 5,7% na Vale, superaram o desempenho da mineradora em 7% nos últimos seis meses após a aprovação do novo acordo de acionistas.

O Golden Sachs também avalia as empresas Klabin, Suzano e Fibria, do setor de celulose e papel.

Com informações de Money Times.