Apesar do resultado, os impactos da produção dos trimestres anteriores fizeram com que o EBITDA da empresa fechasse negativo.
A Paranapanema, forte em produção de cobre no Brasil, registrou um lucro de R$ 98 milhões no terceiro trimestre deste ano. De acordo com informações divulgadas pela empresa nesta sexta-feira (27), o volume produzido também aumentou 35% em relação ao trimestre anterior e a utilização média de sua capacidade instalada aumentou de 38% para 62%. A receita líquida cresceu 48% em relação ao segundo semestre, atingindo o valor de R$ 955,6 milhões.
Segundo o relatório, no terceiro trimestre a Paranapanema concluiu sua reestruturação, com alongamento de 86% da dívida bruta, além da redução de 22% de sua dívida líquida, quando comparado com o segundo trimestre. O aumento de capital contou com a participação de atuais (CEF e Previ) e novos acionistas (Glencore e Mineração Buritirama) e a nova estrutura societária abriu maior espaço para o capital privado.
Também nesse período, a empresa optou pela adesão ao Programa Especial de Regularização Tributária (PERT), com a eliminação de um passivo contingente de R$ 186 milhões, utilizando créditos fiscais, e reverteu uma provisão de créditos adiados de Imposto de Renda no valor de R$ 373 milhões.
Embora os resultados financeiros tenham melhorado no terceiro trimestre, a empresa ainda sofre com os impactos percebidos na restrição de caixa e com o menor volume de produção dos trimestres anteriores. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Companhia ficou R$ 202 milhões negativo no 3T17, devido principalmente ao reconhecimento do passivo tributário decorrente da adesão ao PERT.
Excluindo-se o impacto não recorrente de R$ 186,8 milhões da adesão ao PERT e custas de R$ 26,6 milhões do reperfilamento de sua dívida, a margem EBITDA ajustado no terceiro trimestre teria registrado +1,17%. O lucro bruto atingiu R$ 57,6 milhões no trimestre.