Disponibilização do produto deve ser a partir de março deste ano.
O governo da Bolívia concordou com uma proposta de contrato de fornecimento de gás natural para o estado de Mato Grosso. De acordo com informações divulgadas pelo governo estadual, a sociedade permitirá a garantia de fornecimento em quantidade suficiente ao setor industrial e também de cozinha para as residências.
“O governador se dedicou muito para isso e nós temos desde o começo do nosso governo voltado os olhos para a interlocução com a Bolívia. Fizemos uma caravana pelo país estreitando o relacionamento. Reativamos o ano passado a Zona de Processamento de Exportação (ZPE), depois de 20 anos, que é voltada a nossa comunicação de compra e venda dos países da América do Sul em especial com a Bolívia. É um passo gigante e a certeza que Mato Grosso e o Brasil quer muito uma ligação mais forte com a Bolívia”, informou o governador em exercício, Carlos Fávaro.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Carlos Avalone, a intenção é que o Mato Grosso passe a ter o recebimento do gás a partir de março devido aos trâmites jurídicos no Brasil e na Bolívia. “Essa demanda poderá crescer conforme formos fechando contratos com as indústrias locais”, afirmou.
As equipes técnicas se reuniram na semana passada para tentar chegar a um acordo com a Bolívia, que tem Mato Grosso como o primeiro estado a negociar com o país. Devido a sinalização positiva dos bolivianos, o governador Pedro Taques participa, no dia 30 de janeiro, de um encontro entre os governadores dos estados fronteiriços com a Bolívia e o presidente Evo Morales, com o intuito formalizar e comunicar o acordo de gás com Mato Grosso.
O que vai mudar, após a formalização do contrato, é que o fornecimento será ininterrupto pois, atualmente, a Bolívia já disponibiliza o gás, mas apenas quando há excedente. “Isso não dos dá segurança para que as indústrias de Mato Grosso possam se converter para o gás natural porque ela não sabe o dia que vai terá o produto. E hoje nós consumimos pouco gás por isso”, destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico.