Presidente da Absolar destaca que esse é um passo estratégico para o país se tornar um dos pioneiros em energia solar.

O Brasil enviou para o Congresso Nacional a MSC n° 94/2018, que consiste no pedido de adesão do país à Aliança Solar Internacional (ASI), colisão intergovernamental que reúne 121 nações, localizadas entre os Trópicos de Câncer e de Capricórnio.

Em frente com a recente entrada brasileira à Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), a união à ASI representará um importante passo no posicionamento internacional do Brasil, que possui um dos melhores recursos solares do mundo, como informou a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Segundo o presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, a integração do país para a ASI abrirá as portas para que o Brasil se beneficie de programas e ações multilaterais nas áreas de financiamento, políticas de incentivo, regulação, modelos de negócio, tecnologia, pesquisa e desenvolvimento, entre outras.

“O Brasil ainda está 15 anos atrasado frente aos demais países no uso da tecnologia solar fotovoltaica e nossa participação na ASI contribuirá para que possamos incorporar as melhores práticas internacionais, acelerar o desenvolvimento da energia solar fotovoltaica em nosso país e nos posicionar como um ator de peso neste setor, cada vez mais estratégico no cenário mundial”, destaca Sauaia.

O pedido para a entrada ao ASI aguarda análise do plenário da Câmara. O presidente da Absolar acredita que a matéria tramitará rapidamente na Casa devido ao apoio da sociedade e dos atores políticos pelas fontes renováveis e também à inexistência de custos ao país nessa adesão.

“Não podemos ficar de fora deste movimento global em prol de um mundo cada vez mais sustentável e responsável, social e ambientalmente”, comenta o presidente executivo da Absolar.

ASI

A ASI foi criada durante a Conferência do Clima em Paris (COP 21), em 2015, sendo formalizada em Nova Delhi, na Índia, em 15 de novembro de 2016.

Os objetivos são reduzir o custo de energia solar, mobilizar mais de US$ 1 trilhão em investimentos para a implementação maciça de energia solar até 2030 e preparar o caminho para as novas tecnologias usando o sol como recurso primário.

*Sob supervisão de Sara Lira