Projeto vai gerar energia solar e hídrica em um mesmo local.

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) vai instalar a primeira usina de geração híbrida de energia hídrica e solar do país. O empreendimento será instalado no reservatório da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Santa Marta, localizada em Grão Mogol, no Norte de Minas, região com alto potencial de geração de energia solar no Estado segundo o levantamento do Atlas Solarimétrico de Minas Gerais, realizado pela Cemig.

O projeto de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) está orçado em R$ 24 milhões e será realizado em parceria com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). O convênio foi assinado no dia 8 de março e, segundo a Cemig, é o maior já realizado entre uma estatal brasileira e um movimento social.

Ao juntar as duas formas de geração de energia ao Sistema Interligado Nacional (SIN), a proposta do projeto é promover de forma sustentável o desenvolvimento econômico e social da região onde será instalado.

O projeto prevê a instalação de células fotovoltaicas com potência total de 1,2 megawatt-pico (MWp) no espelho d’água do reservatório da PCH. No total, ela possui 1 MW de potência de geração hídrica, em um reservatório de 0,72 km2, o equivalente a 72 campos de futebol.

De acordo com informações divulgadas pela Cemig, com a instalação da planta piloto fotovoltaica flutuante, a usina híbrida passará a ter uma potência total de 2,2 MW, no momento de maior radiação solar do dia. Essa geração irá abastecer 1.250 famílias de 21 municípios mineiros localizados no entorno do reservatório.

Além de serem beneficiados com a energia gerada, os moradores dessas cidades poderão ser absorvidos durante a obra, que vai gerar empregos. “Queremos que as comunidades locais sejam protagonistas e beneficiárias das ações da Cemig para melhorar ainda mais a qualidade do fornecimento de energia a todos os mineiros”, afirmou o diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Cemig, Thiago de Azevedo Camargo.

A instalação das células fotovoltaicas e a supervisão, controle e automação da conexão entre as duas fontes de energia ficarão sob a reponsabilidade da PUC Minas e das subsidiárias da Cemig, Axxiom Soluções Tecnológicas e Efficientia S.A.