Rodrigo Alvarenga Vilela assume o cargo, com foco na retomada das operações da empresa, paralisadas desde novembro 2015.
A Samarco anunciou nesta sexta-feira (16) mudança na presidência da empresa. O engenheiro metalúrgico Rodrigo Alvarenga Vilela, atual diretor de Operações e Projetos da empresa, assume interinamente o cargo de presidente no dia 28 de março. Ele substitui Roberto Lúcio Nunes de Carvalho, que deixa a companhia após 32 anos.
Vilela entrou na Samarco em outubro de 2016 para liderar as obras de reforço das estruturas remanescentes de Fundão e construção de um sistema de contenção de rejeitos. Também foi na gestão dele a conclusão da implementação do Centro de Monitoramento e Inspeção (CMI), com base nos aprendizados obtidos após o rompimento da barragem, em novembro de 2015.
Desde então, as atividades da empresa estão paralisadas. De acordo com a Samarco, ele tem se preparado para dar continuidade aos esforços em retomar as operações. “O foco de atuação do novo presidente continuará sendo trabalhar diligentemente junto às autoridades para obter as licenças que permitirão a retomada das operações da empresa”, informou a companhia, por meio de nota.
O executivo tem se dedicado ao planejamento de prontidão operacional, que visa fazer a manutenção e preparar as unidades para o retorno da empresa. Desde dezembro de 2017, ele responde pela área de projetos, que inclui o núcleo de licenciamento ambiental e estratégico da retomada da organização. Enquanto as atividades não são retomadas, Rodrigo Vilela acumulará os dois cargos.
“Agradeço a confiança dos acionistas Vale e BHP. Darei continuidade ao trabalho que o Roberto conduziu até nesse momento de forma exemplar. Meu objetivo maior é fazer a Samarco voltar a operar com a máxima segurança”, ressaltou.
Currículo
Rodrigo Vilela tem 47 anos e é formado em engenharia metalúrgica pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), com MBA em Gestão Empresarial e em Gestão de Negócios, pela Fundação Dom Cabral. Também possui especializações internacionais na Kellogg School e na Universidade de Cambridge.
Ao longo de sua carreira atuou por 25 anos no setor de mineração, tendo experiência em gestão operacional de grandes empresas como Anglogold Ashanti, Anglo American, BHP e Vale.
