CSN planeja vender até R$ 3 bilhões em ativos em 2018

Vista parcial da empresa em Volta Redonda (RJ). Foto: Divulgação/ CSN.

Medida é para melhorar os resultados da empresa. Balanço do quarto trimestre de 2017 foi divulgado na segunda-feira, apontando para um lucro líquido de R$ 378 milhões.

Durante teleconferência entre investidores e jornalistas nesta terça-feira (27), o presidente-executivo da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch, afirmou que a companhia vai vender ativos na ordem de R$ 2 a R$ 3 bilhões ao longo do ano, para melhorar o caixa da empresa.

“Será uma desalavancagem em termos de venda de ativos pois estamos comprometidos com esse esforço, para que consigamos chegar no final do ano em uma posição de conforto”, afirmou, dando indícios de que espera que o crescimento da empresa seja significativo em 2018.

“Para este ano, espero crescimento em torno de 20% em termos de receita, considerando quantidade e preço”, completou Steinbruch, citando a melhora de setores como o automotivo e da linha branca.

Retomada

A teleconferência foi um dia após a CSN divulgar o balanço de 2017, com foco no quarto trimestre. No ano, a companhia obteve um lucro líquido de R$ 111 milhões, crescimento em relação ao ano anterior, quando o caixa fechou no vermelho com prejuízo líquido de R$ 853 milhões.

Só no quarto trimestre o lucro da companhia atingiu a marca de R$ 378 milhões. O número também representa um aumento em relação aos R$ 256 milhões do terceiro trimestre.
Os lucros antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) foram de R$ 1,556 bilhão no último trimestre do ano passado, contra R$ 1,006 bilhão no trimestre anterior.

No período analisado, a empresa obteve aumento de 26% nas vendas de minério de ferro. Já a produção de aços laminados planos aumentou em 15%. A empresa também conseguiu reduzir em 20% as despesas gerais, administrativas e financeiras.

No relatório com dados sobre o balanço, a empresa informou que o crescimento foi devido à “melhora no desempenho pelos reajustes de preços dos produtos siderúrgicos, enquanto no segmento de mineração, o incremento ocorreu pelo maior preço realizado do minério de ferro”.

Com relação ao endividamento, a empresa encerrou 2017 com uma dívida líquida de R$ 26,27 bilhões, pouco acima dos R$ 25,7 bilhões de setembro.