Previsão é que o projeto entre em operação em janeiro do ano que vem.

A primeira cooperativa de geração distribuída remota de energia elétrica, chamada Companhia Energia Paraná 1 (PR1), do sistema Ecoperativa, será movida a partir de biomassa lenhosa, oriunda de podas de árvores das ruas, parques e praças da região metropolitana da capital paraense.

O projeta se encontra em fase de construção na cidade Fazenda do Rio Grande e entrará em operação em janeiro de 2019. “É uma proposta que contribui para um mundo mais sustentável ao mesmo tempo que garante a energia elétrica para os cooperados, um produto cada vez mais necessário no mundo de hoje”, comentou o presidente da PR1, Paulo Rabelo, durante o lançamento.

O evento, realizado em 5 de abril, também marcou o pré-lançamento da PR2, que irá atender empresas de pequeno e médio consumo, enquanto a PR1 será para consumidores residenciais. Na ocasião, a partir da conta de energia, os presentes puderam fazer simulação da economia caso resolvam aderir à proposta.

As duas unidades, juntas, possuem 13 mil cotas em fase de comercialização, cada uma de 50 kWh energia/mês. No caso de pessoas físicas o custo unitário é de R$ 800 mais a taxa de adesão no valor de R$ 400. Se a unidade tiver um consumo maior que 50 kWh no mês será possível adquirir mais de uma cota.

Mesmo sendo gerada na região metropolitana de Curitiba, a energia pode ser distribuída para qualquer área do Estado, desde que a localidade seja atendida pela Copel.

A proposta foi idealizada pelos empresários Luiz Sperandio e Julio Cesar Giovannetti Netto, a partir das resoluções normativas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

“Inicialmente pensamos na energia fotovoltaica, mas nos aprofundamos no tema e chegamos na biomassa lenhosa, abundante no Paraná e no Brasil. Encontramos mais dois parceiros em Curitiba, um na parte industrial e outro para oferta regular do passivo ambiental”, revelou Sperandio.

Geração Própria

De acordo com a Aneel, o total de consumidores que produzem a própria energia saltou de quatro conexões registradas em 2012 para 36,1 mil em março de 2018.

Estima-se que, no ano de 2024, serão mais de 1,2 milhão de consumidores produzindo o equivalente a 4,5 gigawatts (GW) de potência instalada.

Um levantamento do Instituto DataFolha, realizado em 178 municípios de regiões metropolitanas e cidades do interior do Brasil, revelou que 140 milhões de brasileiros manifestaram interesse em gerar energia para consumo.

Com informações Ciclo Vivo

*Sob supervisão de Sara Lira