Obras do Comperj estão paralisadas desde 2015. Parceria com empresa chinesa irá possibilitar a conclusão da planta.

A Petrobras e a China National Petroleum Corporation (CNPC) assinaram, nesta terça-feira (4), carta de intenções que firmou parceria entre as duas companhias. O projeto é avaliar a conclusão da refinaria do Comperj e uma participação da CNPC no conglomerado (cluster) de Marlim, que abrange os campos de Marlim, Voador, Marlim Leste e Marlim Sul, todos na Bacia de Campos.

Quando concluída, a parceria permitirá utilizar o óleo pesado produzido no cluster de Marlin para processamento no Comperj.

As obras da Comperj estão paralisadas desde 2015, com mais de 80% do projeto já concluído. Segundo informações da Petrobras, a parceria poderá viabilizar investimentos necessários para a retomada e conclusão da planta.

Segundo a companhia, parte dos ativos que compões o cluster de Marlin deverão passar por revitalização, que demandará investimentos para substituir as instalações existentes e, também, para instalar novos poços e sistemas submarinos. “Este projeto tem por objetivo reduzir o declínio atual da produção e estender a vida útil do campo”, destacou a Petrobras, por meio de nota.

As negociações entre a Petrobras e a CNPC começaram em julho de 2017 após a assinatura de um Memorando de Entendimento. Agora, as duas empresas trabalharão para detalhar e consolidar a parceria, de modo a implementar o projeto.

“Damos hoje mais um passo na busca de parceiros para concluir a refinaria do Comperj, ao mesmo tempo em que garantimos novos investimentos e a revitalização do campo de Marlim”, disse o presidente da Petrobras, Ivan Monteiro.

Petrobras e CNPC

A duas companhias já são parceiras na área de Libra, primeiro contrato pelo regime de partilha de produção, localizada no pré-sal da Bacia de Santos. Em 2017, o consórcio formado pela Petrobras (operadora, com 40%), CNPC com 20% e pela British Petroleum (BP) com 40% de participação foi o vencedor para o Bloco de Peroba, um dos mais disputados do leilão.