Empresa faz parte do Consórcio de Libra, junto com outras cinco companhias. Poço está entre os de maior produção em águas ultraprofundas.
A Petrobras concluiu o teste de longa duração (TLD) no campo de Mero, localizado no bloco de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos. O trabalho começou em novembro do ano passado e foi finalizado no dia 2 de outubro, conforme informado pela empresa na quarta-feira (3).
A produção foi realizada pelo FPSO Pioneiro de Libra, primeira unidade da Petrobras dedicada a testes de longa duração equipada para injetar o gás produzido. Durante os testes foram produzidos 58 mil barris de petróleo equivalente por dia (boed).
“Este é um grande resultado em águas ultraprofundas. Os feitos tecnológicos alcançados nesse período foram fundamentais para obter dados de alta qualidade e reduzir as incertezas sobre o reservatório, o que permitirá a implantação acelerada de até 4 sistemas de produção definitivos em Libra nos próximos anos”, informou a petrolífera, por meio de nota.
Segundo a Petrobras, cada sistema terá capacidade de produzir até 180 mil barris de petróleo por dia.
Com a conclusão dos testes, o FPSO Pioneiro de Libra irá operar os Sistemas de Produção Antecipada (SPAs) em outros poços de Mero. A Petrobras explicou que na próxima etapa o atual poço injetor de gás será substituído por outro localizado mais próximo do poço produtor. Em seguida, a embarcação será desancorada e transportada para nova locação no mesmo campo.
Libra
Segundo a petrolífera, o Pioneiro de Libra tem capacidade de processar diariamente até 50 mil barris de petróleo e 4 milhões de metros cúbicos de gás associado. A área é uma das mais produtivas do país, com colunas de petróleo que alcançam 400 metros de espessura, o equivalente à altura do Pão de Açúcar.
Os Testes de Longa Duração começaram a ser implantados devido a presença expressiva de gás associado ao óleo, além do alto teor de CO2 na área. As tecnologias desenvolvidas são capazes de operar no ambiente de águas profundas, com lâminas d’água que variam de 1700 a 2400 metros, e profundidades totais que chegam a 6 mil metros, como é o caso de Libra.
O Consórcio é liderado pela Petrobras, com participação de 40%, em parceria com a Shell (20%); Total (20%) e as chinesas CNPC (10%) e CNOOC Limited (10%). O consórcio tem ainda a participação da companhia estatal Pré-Sal Petróleo – PPSA, que exerce o papel de gestora do contrato.