Problemas de baixo nível de conservação são alguns dos identificados.

Quarenta e cinco barragens no país foram apontadas como vulneráveis. Os dados são do Relatório de Segurança de Barragens – 2017, elaborado pela Agência Nacional das Águas (ANA) e divulgado nesta segunda-feira (19).

Conforme o documento, a maioria apresenta problemas de baixo nível de conservação, mas há outros motivos como insuficiência do vertedor e falta de documentos que comprovem a estabilidade da barragem. Das 45 barragens, 25 pertencem a órgãos e entidades públicas. Os dados são de 2017 e mostraram um aumento em relação a 2016, quando 25 barragens se mostravam vulneráveis.

No total, o Brasil possui um cadastro de 24.092 barragens para diferentes finalidades, como acúmulo de água, de rejeitos de minérios ou industriais e para geração de energia, que foram cadastradas até o ano passado por 31 órgãos fiscalizadores. Destas, 9.827 são barragens de irrigação, que representam 41% das estruturas no país.

Das mais de 24 mil barragens, 3.545 foram classificadas como Categoria de Risco (CRI) e 5.459 quanto ao Dano Potencial Associado (DPA). Das estruturas cadastradas, 723, ou 13%, foram classificadas simultaneamente como de CRI e DPA altos.

O Relatório é um dos instrumentos da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB). “O aumento no número de barragens cadastradas, na classificação das barragens e na identificação dos empreendedores são provas do avanço até aqui, mas o número reduzido de inspeções e de planos de segurança mostra o desafio pela frente. Para seguir avançando e garantir a segurança, fiscalizadoras, empreendedores e sociedade precisam se engajar cada vez mais”, afirmou o diretor da ANA, Oscar Cordeiro Netto.

Para ele, é preciso avançar mais no que se refere à segurança de barragens. “A implementação da PNSB é complexa, mas estamos em um processo de ascensão. É muito importante identificar as barragens que devem atender à PNSB, para priorizar as ações que garantam a sua integridade e segurança, além de repassar essas informações à sociedade”, completou.

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