Jacus encontrados em áreas recuperadas - Foto: Divulgação/CBA.

Monitoramento em áreas restauradas na Zona da Mata Mineira capta presença de diversas espécies de animais e mostra o desenvolvimento do local pós-mineração.

A parceria entre a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) e a Universidade Federal de Viçosa (UFV) tem rendido bons resultados nos projetos de restauração florestal na região da Zona da Mata, em Minas Gerais. O plantio de espécies nativas atrativas à fauna local – principalmente à avifauna – em áreas mineradas já está em fase avançada de desenvolvimento e tem atraído animais de pequeno, médio e grande porte, detectados por meio de equipamentos de monitoramento.

A instalação dos equipamentos iniciou-se em janeiro deste ano e diversos bichos já foram observados, como o lobo guará (Chrysocyon brachyurus), a capivara (Hydrochoerus hydrochaeris), o jacu (Penelope obscura) e outras espécies de avifauna. A engenheira florestal da CBA, Juliana Paiva, explica que, embora prevaleça a presença de animais de pequeno e médio porte, os de grande porte, como as jaguatiricas, também podem aparecer realizando travessias. “Os plantios de espécies próprias da fauna local assumem grande importância nesse caso, uma vez que ligam matas pré-existentes de Áreas de Preservação Permanente (APP), reservas legais, compensações florestais e áreas mineradas”, completa.

O professor da UFV Sebastião Venâncio Martins está otimista com os resultados. “Quando encontramos uma espécie como o jacu – que é um dispersor de sementes da Mata Atlântica, ameaçado em muitas regiões, em um local em restauração florestal, indica que ele está encontrando alimento naquele lugar. É uma satisfação muito grande vermos esse resultado, pois é mais uma prova de que é totalmente viável restaurar uma área que teve a mineração de bauxita”, afirma.

O projeto de restauração florestal possui uma série de bioindicadores de qualidade ambiental pós-mineração, analisados em conjunto com o LARF – Laboratório de Restauração Florestal/UFV, os quais reforçam a escolha assertiva das técnicas de plantio, da seleção de espécies plantadas e do monitoramento.

O gerente das unidades da CBA na Zona da Mata, Christian Fonseca de Andrade, ressalta que a parceria com a UFV promove a melhoria contínua do modelo de reabilitação ambiental, desenvolvendo as melhores práticas de manejo, gestão das áreas mineradas e de referência internacional quando se trata de mineração sustentável.

“Por meio dos trabalhos científicos, temos uma compreensão melhor dos benefícios gerados ao meio ambiente e, também, aos produtores rurais, que são os mais beneficiados com esses projetos. Os resultados positivos geram dados mais precisos para análise e acompanhamento”, enfatiza.

Para conduzir os Projetos de Restauração Florestal, o professor Sebastião Venâncio da UFV orienta os doutorandos, mestrandos e estudantes de graduação nas pesquisas. “E o nosso time da CBA fornece informações das áreas a serem estudadas e disponibiliza máquinas e equipamentos, como tratores, escavadeiras e aparelhos de monitoramento, além de recursos, como insumos agrícolas e mão de obra”, completa Christian.

Representante da CBA e pesquisadores do Laboratório de Restauração Florestal/UFV – Foto: Divulgação/CBA.

Projeto Restauração Florestal

Desde 2008, o projeto de Restauração Florestal faz parte da parceria da CBA com a UFV e visa desenvolver pesquisas e orientações técnicas sobre restauração de florestas nativas, tanto em áreas mineradas como em áreas de compensação ambiental nas cidades de Miraí e Itamarati de Minas, localizadas na Zona da Mata mineira. A partir das pesquisas de monitoramento são desenvolvidas uma série de dissertações, teses e pesquisas de iniciação científica.

Em 2019, os trabalhos de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias em restauração florestal receberam um importante reconhecimento internacional. Foi publicado nos Estados Unidos o livro Recent Advances in Ecological Restoration, pela editora Nova Science Publishers, uma das mais importantes do mundo nessa temática. Dois capítulos da obra são dedicados aos trabalhos de Restauração Florestal nas áreas mineradas da CBA, refletindo a sustentabilidade da atividade desenvolvida pela empresa na Zona da Mata mineira.

Também em 2019, o trabalho de iniciação científica “Regeneração natural, crescimento e sobrevivência de mudas em uma área em restauração no ambiente de mineração de bauxita, Miraí, MG”, da estudante de Engenharia Florestal Patrícia Aparecida Laviola Ricardo, foi premiado como o Melhor Trabalho de Pesquisa do Centro de Ciências Agrárias da UFV, apresentado no Simpósio de Integração Acadêmica (SIA 2019).

Sobre a CBA

Desde 1955, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) produz alumínio de alta qualidade de forma integrada e sustentável. Com capacidade instalada para produzir 100% de energia vinda de hidroelétricas próprias, a CBA minera a bauxita, transforma em alumínio primário (lingotes, tarugos, vergalhões e placas) e produtos transformados (chapas, bobinas, folhas e perfis). Mais informações: www.cba.com.br.

 

Por Assessoria de Imprensa CBA.