Belgo Bekaert aposta na inclusão e contrata refugiados

Andy Félix, operador de produção em Contagem (MG) - Foto: Divulgação / Belgo Bekaert.

Cerca de 20 venezuelanos e haitianos trabalham em três unidades da empresa.

A Belgo Bekaert, líder brasileira na transformação de arames de aço, conta com 21 colaboradores muito especiais em sua equipe operacional. Venezuelanos e haitianos – refugiados no Brasil em função da crise humanitária nos respectivos países – atuam nas unidades da empresa em Contagem e Itaúna (MG), Feira de Santana (BA) e Osasco (SP). A iniciativa, que visa criar um ambiente de trabalho mais plural e inclusivo, é o desdobramento do Programa de Diversidade e Inclusão da Belgo Bekaert, empresa fruto da parceria estratégica entre a ArcelorMittal e a Bekaert. E uma das primeiras ações do Programa foi justamente a criação de uma política específica sobre a inclusão de refugiados.

Uma parte dos estrangeiros receberam a primeira oportunidade de trabalho em uma empresa. É o caso de Rosmelys Santaella, venezuelana que atua como operadora de logística na planta industrial em Itaúna. “Estou aprendendo muitas coisas. Sempre trabalhei como cozinheira no meu país. Só tenho a agradecer essa oportunidade”, afirma. Ela chegou sozinha ao território brasileiro pelo Estado de Roraima em 2015. “A maior dificuldade foi a distância dos meus filhos, mas já consegui juntar dinheiro e fui buscá-los”, revela.

Língua, cultura e costumes diferentes e a separação dos familiares e amigos são as grandes barreiras enfrentadas pelos refugiados. Para Andy Félix, haitiano que mora há oito anos aqui, o principal desafio na adaptação foi o idioma. Hoje, ele está super adaptado ao jeito brasileiro e ao emprego. “Fui muito bem recebido por todos da Belgo Bekaert em Contagem. Já passei por outra área. Agora estou na gerência de produção de arames galvanizados”, diz.

Segundo Ricardo Garcia, CEO da Belgo Bekaert, a iniciativa é uma pequena contribuição diante do alto número de refugiados no Brasil, mas faz diferença para o futuro dessas pessoas. “Eles são muito dedicadas ao trabalho e com uma trajetória de lutas e dificuldades. É perceptível. a vontade em aprender e recomeçar a vida no Brasil”, destaca. Um exemplo é o de Eliseo Rivas, venezuelano que tem o cargo de operador de produção na unidade de Feira de Santana. “Essa oportunidade permitiu uma estabilidade econômica e ainda é possível ajudar a minha família que está na Venezuela”.

Garcia aponta que a iniciativa está em sintonia com o programa de Diversidade e Inclusão da ArcelorMittal e que a diversidade e a inclusão sempre foram valorizadas no Grupo. “Além do caráter humanitário da ação, acreditamos que equipes mais diversas são mais criativas e inovadoras e trazem melhores resultados para o negócio”, conclui.

Refugiados no mundo e no Brasil

De acordo com a Organização Internacional para Migrações (OIM), a estimativa é de que 258 milhões de pessoas que vivem longe do país que nasceram. São vítimas de guerras civis, terrorismo, perseguições políticas, intolerância religiosa, disputas territoriais, fome, pobreza, catástrofes naturais e violação dos direitos humanos. O Brasil possui aproximadamente 43 mil refugiados já reconhecidos. Os dados são do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare).

ArcelorMittal e Bekaert:

A Bekaert e a ArcelorMittal operam atualmente dez fábricas no Brasil, por meio de parcerias, nas quais a produtora de aço detém participação majoritária. Na Belgo Bekaert Arames estão incluídas as unidades de produção de arame de aço em Contagem (MG), Sabará (MG), Osasco(SP), Hortolândia (SP) e Feira de Santana (BA) e a divisão acionária é de 55% para ArcelorMittal e 45% para Bekaert.

Já na Belgo Mineira Bekaert Artefatos de Arame, a parceria abrange as plantas de produção de steel cord de Itaúna (MG), Vespasiano (MG) e Sumaré (SP). A Bekaert possui 44,5% e a ArcelorMittal detém 55,5% das ações.

 

Por Assessoria de Imprensa ArcelorMittal Brasil.