De 2016 até agora, a Fundação destinou R$ 11,33 bilhões para as ações de reparação e compensação.
O orçamento de 2021 da Fundação Renova prevê R$ 5,86 bilhões para as ações de reparação e compensação aos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, na cidade mineira de Mariana. Isso representa um aumento 25% em relação ao orçamento de 2020. Esse valor será destinado para as cidades da bacia do Rio Doce. No ano passado foram pagos cerca de R$ 3,07 bilhões em indenizações e auxílios financeiros emergenciais para aproximadamente 320 mil pessoas.
A Renova informou que, de 2016 a dezembro de 2020, foram destinados R$ 11,33 bilhões para as ações integradas de recuperação e compensação. A estimativa agora é que os pagamentos totalizem R$ 17 bilhões de reais até o final de 2021. “O nosso trabalho de reparação não tem teto (de valores), este ano (2021) vamos para o maior orçamento da história. A gente está aqui para cumprir, com foco na celeridade e eficiência e depois fechar a fundação, quando entregarmos a nossa missão”, ressaltou o diretor-presidente da Renova, André de Freitas.
A fundação lançou em setembro de 2020, o Sistema Indenizatório Simplificado, implementado a partir da decisão da 12ª Vara Federal, após ações apresentadas por comissões de atingidos dos municípios impactados. Esse sistema possibilita o pagamento de indenização a categorias que têm dificuldade para comprovar os danos sofridos. O primeiro pagamento foi realizado em setembro de 2020. Até o fim de janeiro de 2021, mais de 5 mil danos foram pagos por esse sistema.
Fundação Renova
Criada em agosto de 2016, fruto de um acordo entre a Samarco, Vale e a anglo-australiana BHP, a Renova tem a função de cuidar dos acordos de danos e das ações de reparação. O acordo entre as partes envolvidas prevê que a fundação conclua suas tarefas até 2030. De acordo com o orçamento, a estimativa é que sejam empenhados cerca de R$ 24 bilhões até a conclusão dos trabalhos.