Fluxo de cargas aumentou 28,8% nos últimos cinco anos.

A Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) movimentou 39,08 milhões de toneladas em cargas em 2020, alta de 8,6% em comparação a 2019, segundo dados divulgados na última terça-feira (09/03). A companhia é controlada pela operadora de logísticas VLI que detém a concessão da malha Centro-Leste.

De acordo com a VLI, o resultado em volumes é proveniente de investimentos realizados pela controladora, estimados em cerca de R$ 2 bilhões nos últimos cinco anos. Nesse período, o fluxo de cargas da FCA avançou em 28,8%.

O balanço financeiro do ano passado, que apontou para uma receita líquida de R$ 2,68 bilhões, alta de 11% no comparativo anual, foi atribuído ao aumento do volume transportado ao longo da malha no período.

“Acreditamos que há um imenso potencial para o país desenvolver sua infraestrutura, equilibrar ainda mais a matriz logística e suportar a economia. Estamos completamente engajados nesse propósito”, afirmou em nota o presidente da VLI, Ernesto Pousada.

A companhia opera 7.220 quilômetros, que cruzam sete Estados brasileiros nas regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, com destaque para o fluxo logístico de carga geral – aquela que costuma ser transportada com acondicionamento, embalada – em conexão com outras ferrovias.

A FCA possui em andamento o processo de renovação de concessão, que prevê investimentos de R$ 13,8 bilhões na malha. A VLI espera aumentar a capacidade de transporte pelo modal ferroviário por meio dos novos aportes, que abrangem compra de locomotivas e vagões, modernização da linha e a ampliação e construção de pátios, mas não detalhou as projeções.

Pousada classificou o avanço do processo de renovação antecipada da concessão FCA como uma “nova porta para o crescimento… que nos ajudará a alcançar um novo patamar.”

A VLI possui a mineradora Vale como sua maior acionista. Brookfield, Mitsui, FI-FGTS e Brasil Port Holdings também possuem participações na empresa.

Por Reuters.